Books About UFOs

Hüsker Dü
Terehell

Muito respeito por esse trio, vindo de Minneapolis, uma cidade bem no meio dos EUA, que, tirando Prince, Bob Dylan e Replacements, não deu nada, musicalmente falando, ao mundo. Começaram bem Hardcore, gravando pra SST de Greg Ginn (Black Flag), mas não mudaram pra Califórnia, a meca do punk nos anos 80 nos EUA. Não tiveram medo de por a cara pra bater e lançaram Zen Arcade, um disco de punk rock duplo, com direito a experimentações quase sessentistas e que fez a cabeça de gente como Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters). Ao invés de ficarem se achando a cereja do sundae, continuaram a excursionar e produzir música em escala industrial, sem necessariamente bancarem os "artistas-aborrecidos-com-os-compromissos-da-fama". Já com uma discografia de clássicos invejavéis, que a essa altura já contava com discos como New Day Rising e Flip Your Wig, nem pestanejaram em assinar com a major Warner, antevendo as oportunidades e não as facilidades. Seguiram-se mais dois clássicos, Candy Apple Grey e Warehouse: Songs & Stories, peças fundamentais pra entender a cena rocker americana dos vindouros anos 90. Exaustos de turnês, brigas por composições e drogas, sairam de cena no exato momento em que lotavam qualquer concerto, fosse num boteco ou em um ginásio gigantesco. Porém a marca indelevél de seu trabalho continua no sem-número de bandas que ainda lhes prestam homenagem com regravações, do power-violence do Charles Bronson aos paulistanos emo do Hateen. Uma banda com o compromisso de superar apenas a si mesma.