Impressionismo Abstrato Contagiante
Sempre gostei de acreditar que as artes em geral se influenciam, infinitamente. Conheci Jackson Pollock pela capa do primeiro disco dos Stone Roses,de 89, que estampa uma tela do guitarrista deles, John Squire, descaradamente "baseada" no Pollock. Muitas críticas do disco (LP ainda) atentavam pra esse fato.
Em 2000 saiu o filme do Ed Harris, "Pollock", que virou predileto da casa. Uma identificação profunda com as propostas do cara: ser uma alma perturbada, e transformar toda angústia dessa situação em arte, original e sem rótulos; tudo feito de um jeito próprio, novo e nada convencional, como respingar a tinta ao invés de aplica-la com pincel; pintar sobre o quadro, com a tela na horizontal, sem cavalete.
E pra selar essa admiração, eu descubro que um dos discos que mais mexeram comigo ultimamente, "Free Jazz - A Coletive Improvisation", do Ornette Coleman Quartet (60) trás a reprodução de um Pollock na contracapa, reforçando a idéia de que o som ali também tinha urgência de ser novo e inclassificável.
Definitivamente, não existem coincidências.
1 Comments:
Gostei muito da maneira como correlaciona as artes entre si tendo o homem como interlocutor. Parabéns pela sutileza gritante.
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