Tic-Tac

Meu pai tomava conta de relógios de parede, aqueles com pêndulos e que têm de ser vigiados e dado corda ao menos uma vez por dia. É um trabalho realmente de relojoeiro; chato e que precisa de uma pessoa que se dedique de paixão. Por vezes ouvia os relógios batendo soturnamente de madrugada pela casa. Esses relógios continuam pendurados na parede de casa, e estão parados e mudos há dezesseis longos anos. Penso que já marcaram o que tinham de marcar.
Também na semana passada minha mãe reclamou que seu relógio de pulso, tão pequeno que chego a pensar que ela o usa mais como pulseira, precisa ser trocado. Segundo ela, "está velho".
Só pra usar um clichê: o tempo não para.
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