O Penta
Desde que eu tinha 13 anos eu quis estar numa banda. Oito anos após esse desejo eu montei uma, e agora, quase vinte depois do dia que pusseram um disco do Motörhead no meu pé da orelha, eu estou em cinco.
É, você leu direitinho: Uma, duas, três, quatro, CINCO.
Não se afobem, porque até abril, ou antes, eu vou ser figurinha carimbada em cima dos palcos, mas, pra minha sorte, sempre ao lado de pessoas as quais eu posso chamar de amigas, senão não haveria sentido (e saco) pra sair pra ensaiar quase todo dia.
No meio desses amigos estão, além do meu amigo-de-fé-irmão-camarada Sandro Saldanha (pessoa que vai ganhar um capítulo na minha autobiografia não-autorizada hehe) duas pessoas as quais eu gostaria de dedicar esse post.
A primeira delas é um companheiro de velha e longa data: Antonio de Pádua Vasconcelos Belo, vulgo Patinho, meu brother desde o tempo em que eu ia da minha casa no centro até a casa dele no Barrocão e ficávamos ouvindo som na calçada, ou íamos, de ônibus, até o Mocambinho, nos sábados à tarde, ver ensaios do Avalon, pois não tínhamos idade pra freqüentar shows. Isso antes de internet, MP3, telefones celulares e afins!
Meu outro amigo que virou companheiro de banda é na verdade um Mestre Jedi. Fernando Conrado é um cara com muito talento (e não digo isso aqui pra puxar o saco dele porque ele me convidou pra ser da nova formação do Asseclas) e esforçado pra fazer as coisas bem feitas num cenário musical paupérrimo, capitaneado por pessoas que se acham donas dos meios de produção cultural ou de mídia. Fernando tem bagagem pra dar e vender, e por mais que alguns meios insistam em trata-lo como “dinossauro”, ele ainda vai deixar muita gente de boca aberta, pois não para de produzir. Na amizade do Fernando encontrei não só uma série de particularidades que fazem a gente brincar de dizer que um é alter-ego do outro, mas freqüentando a casa dele, em dias de ensaio ou não, pude usufruir uma cultura, em sons e letras, que eu conhecia de ouvir falar, mas nunca tinha tido, até então, acesso.
E como o melhor de estar numa banda é fazer amizades, estou nesse siribolo todo ao lado de pessoas que vi começarem a pegar gosto pela coisa indo aos shows do Káfila, como Leopoldo Jr e o Vitor; e mais pessoas que são grandes emanadores de energia positiva como o Vinicius “Bean” Rufino e meu parceiro karmico João José. Cinco empregos onde eu não reclamo de cansaço, não vou trabalhar de cara amarrada e nem preciso tirar férias.
Muitas vezes eu não tive a chance de agradecer as pessoas que são meus companheiros de banda, principalmente pela confiança e a amizade que depositam em mim. Acho que nunca decepcionei e vou continuar fazendo força pra não deixar o rock parar. No mais, como dizia aquele provérbio do IRC (alguém ainda usa isso?): “Amigo é quem lhe conhece muito bem, e mesmo assim ainda quer ser seu amigo”.
3 Comments:
amigos, ser humanos indispensáveis,
precisamos sempre deles
a dádiva do nilo
o abraço na hr certa
e as vezes até nas hrs erradas
mas melhor q isso só bju na boca e rock and roll,e quando junta tudo!?
sorte p vc na nova fase!
mais de 5 alegrias pra vc hj(fui cafona?) :P
n importa .. é de verdade!
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Amigos... simplesmente TUDO!
E essas duas pessoas a quem você dedicou o post, bom... Patinho é de deixar qualquer um [bom, pelo menos a mim] sem palavras. Nunca vi pessoa tão prestativa e verdadeira. Chega a ser incrível.
Já o Conrado é uma figura impagável, sempre com aquele sorriso e consideração.
Pessoas de extremo valor esses dois! Boa sorte e vida longa aos empregos!!!
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