Terehell

segunda-feira, outubro 29, 2007

Na Casa do Ferreiro...

Police vem aí, né? Estiveram por aqui no auge da fama, na turnê do "Synchronicity", em 80 e alguma coisa (quase junto com o Van Halen). Uma estorinha curiosa: Miles Axe Copeland Jr. era um soldado americano em Londres quando seu primeiro filho, Miles III, nasceu numa noite de intenso bombardeio. Com o fim da segunda guerra, Miles foi recrutado pra ser um dos fundadores do serviço secreto americano, A CIA, o que o levou a ir morar nas regiões em litígio com o império americano, primeiro a Síria, onde nasceu seu segundo filho, Ian, e depois o Líbano, onde vêio ao mundo o caçula Stewart. Antes do exército, Miles Jr foi um trompetista de big band, e seus filhos resolveram juntar o útil ao agradável: música e polícia. De trás pra diante, Stewart tornou-se baterista (nos anos seguintes, um dos mais influentes da estória do instrumento) de uma banda chamada...The Police! Miles III e Ian foram na cola do irmãozinho. Ian também era musico e chegou a ter uma banda chamada...F.B.I, mas passou a trabalhar agenciando o Police. Miles III tornou-se uma das figuras mais erráticas da música dos anos 80. Além de ser um manager mão-de-ferro, Miles foi dono do passe de várias estrelas da música pop como o grupo feminino The Bangles, Oingo Boingo, Wall of Voodoo, além de fundar a gravadora I.R.S, uma das primeiras independentes americanas, lar da fase inicial do R.E.M e licenciada para lançar grupos ingleses como The Smiths e UB40 no mercado americano. Nesse vinte e tantos anos que o Police ficou parado, os irmãos Copeland perderam o patriaca Miles Jr, o irmão Ian. Miles III continuou exercendo seus dotes de bussinessmen trabalhando na divulgação de artistas de world music. Stewart organizou trilhas sonoras e usou sua posição de ícone pra tocar com quem bem entendesse, inclusive com Andy Summers e Sting, na festa de casamento do último. Desde então a boataria em torno da volta da banda (que no passado chegou a sair na porrada em plena coletiva de imprensa, tudo devidamente registrado por Miles III, afinal se algum tablóide fofoqueiro ia pagar a alguém pelas imagens, que fosse a ele) só foi ficando mais forte. O Brasil recebe parte do legado dos Copeland no próximo mês de dezembro.