Ora, mamonas!
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Mas o post não é sobre nostalgia. Combustíveis não-fósseis continuam sendo o assunto da vez. Se naquela época (comecinho dos anos 80) o negócio era arrumar alternativas pra driblar a síndrome nuclear, hoje o politicamente correto é diminuir a emissão de poluentes. Quase trinta anos depois o Brasil continua sem produzir combustível não-fóssil e não-poluente, tirado de algum recurso vegetal abundante. E olha que nesse meio tempo têve o Pró-Alcoól...
Lula brigou e esperneou pelo Bio-Diesel, peitou até Bush Jr. pela expansão de mercado, mas levou uma senhora bolada nas costas da Petrobrás, que não cansou, nem cansa, de queimar o Bio-Diesel derivado da mamona. É, aquela mamona que você joga nas costas dos outros na rua quando é moleque vadiando por aí. Uma parada que dá em qualquer fundo de quintal, em qualquer pé-de-muro. As embrapas e ematers da vida dizem que a mamona é a salvação da pátria, e que a Petrobrás está auto-sabotando o governo pra não perder a boquinha de ser a menina-dos-olhos.
O fato é que não há um só dia que não se abra um jornal e não se leia uma matéria falando, bem ou mal, da mamona. Enquanto isso, milhares de famílias que poderiam viver da mamona nas áreas mais pobres do NE continuam morrendo de fome. Essas mesmas áreas continuam economicamente atrofiadas por falta de um produto que faça o dinheiro correr e traga consigo a reboque um pouco de desenvolvimento que seja. Em trinta anos não se investiu nem em pesquisa nem em moral, mas sobrou cobrança de impostos pra sustentar gastos avulsos dos governantes.
Desses, nem Didi, Dedé, Mussum e Zacarias podem nos salvar.
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