Terehell

segunda-feira, junho 19, 2006

Num Lugar Distante Daqui...

Uma formosa dama estrangeira bateu à porta de um confeiteiro de uma cidadezinha. Vendo tal formosa dama adentrar seu humilde mas respeitado estabelecimento, o confeiteiro perguntou em que lhe poderia ser útil.

“Faça-me um bolo”
“Senhora, tenho bolos aqui da mais variada qualidade, escolha à vontade”
“Não, confeiteiro, eu desejo que você me faça o maior e mais delicioso bolo, não só da sua cidade, mas da província inteira.”
“Senhora, para fazer tal bolo tenho de dispor de ovos, leite, farinha, chocolate, cerejas...Não possuo em grande quantidade aqui comigo”
“Ora, confeiteiro... Se você disser aos aldeões que lhe fornecem este material que seus ingredientes servirão para fazer um bolo inenarrável, qual este que estou a lhe encomendar, eles darão até de graça os ingredientes a você!”.

O confeiteiro levou em consideração a venda tacanha de sua padaria, e não podia deixar passar a oportunidade. “Sim, madame, farei o bolo!”. A dama avisou: “Mas preste atenção: você tem seis meses para aprontar tudo!”. “Seis meses dá tempo”, pensou o confeiteiro. Procurou o dono da granja, o da leiteria, o do moinho e assim por diante, oferecendo participação no bolo. Todos ficaram eufóricos e aderiram ao projeto.

À medida que se aproximava a data da entrega, os parceiros foram entregando seus ingredientes, e cada um cuidava de mandar mais que o combinado, afim de que o sabor de seu produto se destacasse mais no resultado final. Faltando uma semana para a entrega do bolo, a Dama chega de surpresa a padaria.

“Senhora? Já? Falta uma semana ainda para a entrega. Estou em fase final, estou com 12 pessoas arrumando o glacê e as cerejas da decoração”.
“Ótimo! Vamos ver se você trabalha mesmo bem, confeiteiro. Mostre-me o bolo já montado no tabuleiro”.
Todo orgulhoso confeiteiro mostrou o enorme bolo nos fundos da padaria: um colosso puxado por seis pessoas, sendo decorado por vinte e quatro velozes mãos, espalhadas em três escadas. A senhora olhou bem para o bolo e voltou para frente da padaria.

“Seu serviço é de artesão, confeiteiro. Mas eu desejo uma última coisa...”
“Pois não, senhora”
O cocheiro da dama trouxe da carruagem uma caixa de papelão, uma caixeta comum. “Vê está caixa? Acomode o bolo nela...”
Os olhos do confeiteiro se encheram de pavor. “Senhora, mas...”
“Não me interessa, estou pagando e quero o bolo a meu gosto”
“Senhora, reduzir o bolo...Os ingredientes foram todos doados pelos fornecedores da cidade, todos querem seus produtos em destaque na finalização do bolo, reduzi-lo vai deixa-los possessos!”.
“Problema seu! Vire-se!”

Moral da estória: Padaria e Festival de rock é tudo a mesma coisa.

2 Comments:

At 9:40 AM, Anonymous Anônimo said...

an? kkkkkkk

 
At 9:44 AM, Anonymous Anônimo said...

acho que entendi.
e se for o que entendi, concordo plenamente.

 

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