Terehell

segunda-feira, agosto 06, 2007

Blá-Blá-Blá



Tava olhando uns blogs esses dias, notei uns textos longos, técnicos. Caramba, fico imaginando a galera de casa lendo isso. Deve ser um saco. Na faculdade me ensinaram a enxugar texto (também ensinaram a encher lingüiça, mas só em casos de emergência), a não repetir palavras numa mesma sentença, e pra piorar (ou melhorar) eu fiquei fã de uns caras que escrevem enxuto, sem floreio, sem rodeio, sem nove-horas. Assim, quando eu pego alguém que carrega nos fru-frus eu me sinto quase lendo um poema parnasiano, o que não torna maçante, pelo contrário. O grande lance é o cara ser um bom contador de estórias, tipo um Garcia-Marquez da vida, que parece estar de camisa de botão e alpercatas numa roda de "causos" numa esquina qualquer. Gosto bastante da idéia de ser coloquial com quem me lê, diminuir a distância entre eu, o que escreve, e quem lê, o que não deixa de ser mais uma ferramenta pra deixar a coisa mais palatável à leitura. Tudo depende de abordagem. Você pode escrever sobre política ou sobre furúnculos, se sua maneira de ganhar a atenção de quem lê for boa, texto salvo. Se não...aí paciência. Falar de coisas pessoais então é duplamente difícil e perigoso. É assustador pensar que seu blog pode ser um diário on-line e ser acompanhado igual a uma novela. Devassa demais. Tento ser o mais subjetivo possível nesses casos, e assim ser explícito apenas a quem me interessa. Sempre fui uma negação em matemática, e ironicamente, música é pura matemática. Por outro lado, palavras são o oposto de números, ou pelo menos uma parte maior onde eles podem sumir dentro; e são bem menos exatas e perfeitas; e bem mais fáceis de conviver.



(Valeu, Valmir)

1 Comments:

At 6:08 PM, Blogger Ledz said...

opa baum heimm cara...

 

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