De Olhos Bem Puxados
Kardec, saquês e estricnina
Terehell
Em sua terceira encarnação (ele não aparece no anterior, BR-163) o detetive particular e garanhão de plantão Remo Bellini vê-se as voltas com uma morte que envolve espíritas e máfia oriental. Tony Belloto cita em entrevistas meia dúzia de escritores policiais como influência, mas Simenons e Hammets à parte ele cai mesmo é pra vêia de John Fante, não só na construção de um alter-ego (Bellini, torce para o Santos, ouve Blues sem parar e é figura fácil ao lado de belas mulheres) mas também no texto seco e direto, fugindo da estante de infanto-juvenis ao temperar o enredo, bem amarrado, com sexo, morte e personagens bizarros e surreais. Bellini ganhou uma encarnação nas telonas, na pele do galã global Fábio Assunção. Alguém mais “tosco” como um Humberto Martins seria mais apropriado ao papel, já que José Mayer já passou da idade. Mas se os deuses da cinematografia forem realmente sábios, Bellini vai continuar tomando sua cervejinha no caga-sangue “Luar de Agosto”, ouvindo Muddy Waters no walkman e povoando apenas o mundo das letras.
3 Comments:
eu quero esse livro. me manda? :D
Neeeem, Fernando... Fábio Assunção pode até não servir, mas o Humberto Martins mesmo não... eu hein! Melhor deixar o bixim no livro mesmo!
eu também nunca achei o fábio assunção com cara de detetive. sempre achei que o bruno garcia era perfeito pro papel...
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