Terehell

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Anjos Caídos


O amiguinho melancônico pediu o "Asas do Desejo"(1987) por aqui. Já tive minha fase Win Wenders, um bom tempo atrás. Meu preferido continua sendo "O Amigo Americano"(1977), um filme "cabeça" mas com ação na dose certa, um roteiro excepcional, recomendo horrores. "Asas" virou meio ícone dos anos 80, porque o negócio era ser "off-hollywood" e também porque a fotografia em p/b e a estória do anjo vouyer caiam bem pra galera "dark", penso eu. O filme teve uma continuação, em 93, "Tão Longe, Tão Perto", com Wenders mostrando Berlim, a cidade que serve de cenário de fundo, depois da queda do muro. É longo, colorido e chato, só rendeu de bom mesmo a música tema com o U2 (com quem dividiria a produção de "O Hotel De Um Milhão De Dólares", de 2000). Diria , sem sombra de exagero, que essa continuação está para a obra de Wenders assim como "O Império do Besteirol Contra-Ataca" está para a de Kevin Smith. Mas desastre mesmo foi " Cidade dos Anjos" (1998), o remake americano com Nicholas Cage...Além de trucidar o roteiro, o filme enche lingüiça com efeitos especiais e muita água-com-açucar. Fica outra dica: O livro "Olhos Não Se Compram" lançado por aqui pela Companhia das Letras, trazendo um bom apanhado das obras, técnicas e manhas de Wenders até "Paris, Texas"(1985), filme que o bombou no mercado americano.

2 Comments:

At 9:16 AM, Blogger Sâmia said...

Wim Wenders foi meu primeiro contato com cinema, lá pelos primeiros anos dos 90; me marcou profundamente. Até hoje quando lembro de minha fase pré-adolescente lembro de ter assistido aos filmes dele, e Asas do Desejo é a memória mais forte.
É, pra mim, um clássico.

 
At 12:02 PM, Anonymous Anônimo said...

Gosto muito do "O Amigo Americano". O que rola é que "Asas do Desejo" fala de uma forma diferente pra mim. Acho que o próprio jeito de faecomendo zer cinema do Wenders nunca mais conseguiu bolar algo tão criativo quanto a metalinguagem desse filme. Eu não sou muito de frescura, mas esse filme realmente me pegou de jeito.
Recomendo e digo, é essencial!

 

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