O Assustador Mar Vazio de Nada
“Sonda da Nasa flagra instante imediato após Big Bang”
Por Deborah Zabarenko
WASHINGTON (Reuters) - Uma sonda da Nasa conseguiu flagrar um instante imediatamente inferior-- menos de um trilionésimo de trilionésimo de segundo-- após o Big Bang, disseram astrônomos na quinta-feira.
O Big Bang, segundo os cientistas, foi a grande explosão de um ponto que acumulava toda a energia do universo, há 13,7 bilhões de anos, e deu origem às estrelas, planetas e demais corpos. Observando enormes distâncias, a sonda conseguiu ver com detalhes inéditos esses primeiros instantes do cosmo.
"Relatamos hoje as medidas mais precisas já feitas sobre o nosso universo quando na primeira infância", disse Charles Benett, principal pesquisador da sonda WMAP, da Nasa.
"Temos novas evidências de que o universo de repente cresceu de um tamanho submicroscópico para um astronômico, em menos de um piscar de olhos", disse o cientista em entrevista coletiva por telefone. "Esta tremenda inflação do universo aconteceu em muito menos de um trilionésimo de segundo”.
A missão WMAP-- sigla em inglês para Sonda de Anisotropia de Microondas de Wilkinson-- detectou uma luz criada no começo do universo e que viaja há 13 bilhões de anos.
Vista na forma de tênues microondas, essa luz primitiva ajudou os astrônomos a perceberem pequenas variações naquilo que Bennett descreveu como "um assustador mar vazio de nada".
Naquela época, não havia planetas, estrelas, galáxias, nada, exceto diferenças infinitesimais de temperatura.
Pode parecer pouco, mas essas minúsculas variações térmicas formaram os padrões que acabaram gerando todas as características físicas que conhecemos como matéria-- inclusive a Terra e tudo sobre ela.
Na imagem flagrada pela WMAP, o universo-bebê tem forma oval plana, com pontos frios retratados em azul e verde e os pontos quentes e vermelho e amarelo. As linhas brancas mostram a polarização-- a direção da luz mais antiga.
As observações da sonda mostram, nos termos mais básicos, o conteúdo do universo. Apenas 4 por cento é de matéria comum, 22 por cento é da chamada matéria negra-- que não é constituída por átomos, não emite nem absorve luz e só é detectável por sua gravidade--, e 74 por cento é uma misteriosa energia negra, que, segundo os cientistas, ainda provoca a expansão do universo.
"A energia negra está provocando mais um jorro de crescimento atualmente", disse Bennett. "Felizmente, é mais branda do que há 13,7 bilhões de anos."
Em 2003, os cientistas da WMAP estimaram a idade do universo em 13,7 bilhões de anos, dizendo que as primeiras estrelas começaram a brilhar 200 milhões de anos depois do Big Bang.
Novas observações confirmam a idade do universo, mas mudam a estimativa sobre as estrelas-- atualmente, os astrônomos acreditam que elas demoraram 400 milhões de anos para aparecerem.
A sonda WMAP, com aparência desajeitada e o tamanho de uma minivan, foi lançada em 2001, no Cabo Canaveral. Atualmente, está a cerca de 1,6 milhão de quilômetros da Terra, numa viagem que deve continuar até setembro de 2009.
Imagens e mais informações estão disponíveis no site http://wmap.gsfc.nasa.gov/results
Piada interna:
Eu: Max, você não vai acreditar: Eles nos acharam!
Max, balançando a cabeça em negação: Humpf...
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