Terehell

quarta-feira, agosto 30, 2006

Sessão Maldita

A última coisa desse "rock do novo século" que me fez botar fé que a coisa não vai parar. Não percam o fôlego vendo esse vídeo...

terça-feira, agosto 29, 2006

Assim Falou Tião...


"Eu acredito na existência de outras raças. Raças microscópicas, já pensou? Eu posso ter destruido alguma raça nesse instante com um pisão. Só não entendo é porque a família Marinho se acha maior que Deus..."

sábado, agosto 26, 2006

Hiena


Aberta a gaveta mágica das letras pra virar música. Essa já se tornou real e estréia ao vivo dia 09 lá no antigo Ponto de Emergência. Pros doentes como o Braga e o Anderson irem decorando, o pontapé do próximo CD (se o formato CD sobreviver até a finalização de mais essa cria...):

"Quem plantou essa imundice onde você dorme?
De quem são essas fraquezas que você zomba?
De quem é a miséria que você vai rir hoje?
De onde vem os restos que você come?
Quem vai alimentar esse seu riso idiota?
e matar a fome desses seus dentes tão brancos?

Diz pra mim:
O que é tão engraçado assim?"



E a gaveta continua escancarada...




P.S: Grato pelo mails, torpedos, scraps e etc. no dia de ontem.

quinta-feira, agosto 24, 2006

A Dura Vida de Tiete

quarta-feira, agosto 23, 2006

O Náufrago da Existência


"O maior pecado, depois do próprio pecado, é a publicação do pecado."

segunda-feira, agosto 21, 2006

Sonho Nº 33


Ironicamente meus amigos de infância e adolescência vem à tona a medida que se aproxima meu aniversário. Ano passado passei as primeiras horas do meu dia natalicio num DP (não preso, lógico), e conversando com um antigo amigo do meu "trecho", que hoje é agente de polícia, ele me contou que um amigo morreu em SP numa tentativa de assalto ao Banespa. Ele era o assaltante e foi varado por um disparo de escopeta. Esse amigo, que me ensinou a fazer carrinhos de rolamento (não sabe o que é? Você não têve infância, desculpe...) é o quarto amigo de vizinhança, desses que chama sua mãe de "tia", que eu perco. Outra ironia: o primeiro deles morreu no dia do meu aniversário, num acidente de carro. Depois mais dois se foram em acidentes de carro. Isso vem provar duas coisas: Daqui a poucos dias eu vou novamente fugir da estatística e também só vou fugir dela porque a música vive salvando meu pescoço.

A gente tende a achar que só pobre e marginal morre antes dos 30, e isso é mais uma grande ilusão na cabeça do brasileiro, e ainda mais do teresinense, que se acha ainda morando numa província, à salvo das agrurras da vida moderna. A coisa não é bem por aí, mas...Vai-se vivendo, que jeito?

Sábado estive com uma amiga que, apesar de não morar aqui, era, digamos, "agregada", de uma turma muito boa de amigos que eu tive naquela fase de terminar escola e virar "dono do próprio nariz". Lembramos de muitas coisas boas e de pessoas que ELA tem mais contato que EU, que moro na mesma cidade que elas. Boas lembranças de baladas que começavam numa quinta ou sexta e terminavam no domingo. A vida era mais cheia de som e fúria, e o mundo adulto, com suas contas a pagar e afazeres, ficava no colo do pai e da mãe quando você trancava a porta da rua e ia pra mais uma noite onde se TUDO acontecesse ainda seria pouco. Lugares como Escândalo, Castelinho, Bar da Mundica, a prainha da floresta petrificada, reveillons do Cruzeiro do Sul, Quintas Culturais da UFPI e outros tantos que só existem mesmo na lembrança; pessoas que foram tomar seus caminhos (alguns os mais irônicos possíveis) e que apesar do laço afetivo, se veêm muito pouco.

Pra meu alívio, nenhum desses meus amigos de quando eu tinha entre 17 e 19 anos morreu. A mesma vida que nos juntou em algum espaço, relativo, de tempo, nos afastou geograficamente em outros bairros, cidades, e até países. Mas estão todos aí, tomando conta de suas vidas, seus empregos, seus filhos, correndo atrás dos seus sonhos, ou como eu, inventando novos sonhos pra continuar sonhando.

domingo, agosto 20, 2006

Alugam-se Asas Para o Carnaval

Não há males que uma boa noite de sono não cure. Um bom miolo-de-pote com uma amiga das antigas, muitas lembranças de estórias, de pessoas que continuam por aí, tocando suas vidas. Voltar a andar, pelo menos por uma noite, nos velhos lugares de sempre, rever uma galera, e ver que nada mudou, enfim, em alguma parte do seu mundo.

O mundo roda tanto, e a vida da gente mais ainda. Mas a mente também precisa respirar e assim o corpo dorme, tranquilo afinal, e acorda mais leve. E que nada, vindo de fora ou de dentro, espante essa leveza hoje.

Bom domingo pra quem for de bom domingo

sexta-feira, agosto 11, 2006

Bill Bull

William S. Borroughs foi um garoto de classe média-alta americana do período entre-guerras, das primeiras gerações de norte-americanos que migraram para os subúrbios afim de não ter de encarar a 'feiura' da vida nos grandes centros. O tédio do american way of life e a sede por experiências levaram Borroughs a ser um dos artifices da geração Beatnick, escritores cuja fonte de inspiração era puramente a vida, a estrada, o desregramento e a sede de viver. Enquanto Keruac procurou na estrada e nos tipos perdidos nela a essência de seu texto; "Bill Bull", como era chamado entre os "vagabundos iluminados", os extraiu da ponta de uma agulha hipodérmica, durante suas quase três décadas de vício em heroína e outros opiácios.

Duas de suas mais importantes, e fora-de-catálogo há anos no país, obras ganharam edições revistas e ampliadas. "Junky", a mais autobiográfica delas, conta como o garoto vindo de um lar perfeito se torna um viciado capaz das mais pequenos roubos e tráficos para manter o vício. Não há Christiane F. aqui, até porque Borroughs foi um dos primeiros americanos a frequentar instituições públicas de reabilitação, numa época em que a legislação sobre drogas se restringia a caçar falsificadores de receitas médicas. De extra, "Junky" trás um glossário com as gírias de rua dos viciados, usadas ostencivamente ao longo do texto, além de apêndices que reproduzem resenhas críticas sobre o livro, assinadas por gente como Allen Ginsberg, quando do seu lançamento, ainda nos EUA pré-Kennedy e seu conto-de-fadas midiótico Camelot.

Enquanto "Junky" se passa entre Nova York-Nova Orleans-Cidade do México, "Almoço Nu", uma mistura frenetica de experiências e delírios, flagra os anos mais intoxicantes da vida do escritor em Tanger, Marrocos, onde ele fez uma de suas mais longas "férias" para usar morfina livremente. Usando um local por ele chamado de "interzona", Borroughs inventa para si um alter-ego que trabalha com desinsetização enquanto nas horas vagas escreve sobre tomar o próprio veneno contra insetos, ou mesmo conversar com eles. Uma longa correspondência com médicos, pleiteando e enaltecendo os métodos de desintoxicação por metadona são o brinde da versão estendida de "Almoço Nu".

Bissexual e amante também das armas, Borroughs matou a esposa por acidente enquanto limpava uma arma em casa, o que acelerou sua saída do vício. Ainda nos anos 70 começou a ser enaltecido por artistas pop como Patti Smith e Frank Zappa, aproximação essa que acabou por leva-lo duas vezes às telas de cinema, em "Drugstore Cowboy", de Gus Van Sant (1986) e na adaptação para "Almoço Nu" do diretor David Cronenberg em "Crimes & Delírios" (1989).

Mas a música foi mesmo a grande redenção do escritor nos últimos anos de vida. Diversos discos com leituras de texto, homenagem em canções (como "Interzone", do disco "Unknown Pleasures" do Joy Division) e participações em gravações de Nirvana, Sonic Youth, Jesus Lizard e U2. Sua última performance foi registrada na versão da canção "Start Me Kitten", do R.E.M, na trilha do seriado X-Files, onde Borroughs declama a letra da música com seu caracteristico vozeirão cadavérico.

quinta-feira, agosto 10, 2006

(Suspiro)

Em homenagem as gloriosas manhãs em que eu começava meu dia ao som de XTC. Agora são tempos idos...Mas aquilo que o povo separa, o youtube pode juntar.

domingo, agosto 06, 2006

Bem Que Mamãe Me Avisou!

sábado, agosto 05, 2006

Arthur Lee *1945/+2006


Arthur Lee foi um desses "grandes mentecaptos" do Rock. Um cara que não tem zilhões de camisetas com seu rosto estampado, não tem bandas cover e ninguém vai peregrinar até seu túmulo pra passar a noite vomitando vinho barato em cima. Negro e vindo do Texas, um dos estados mais "caretas" dos EUA, Lee achou na Los Angeles psicodélica e garageira, nas minisaias floridas da Rodeo Drive e nas matinês oniricas do Whiskey A Go-Go da Sunset Boulevard o berçario para sua música cheia de elementos rock, folk, flamenco, latino e barroco. Mentor desta obra de arte em forma de som, criada em uma mansão nas colinas de Hollywood e regada ao légitimo "blue sunshine" da Califórnia, Arthur Lee foi, assim como Rocky Erickson e Sky Saxon, um gênio relegado a uma segunda divisão por jogadas de gravadora e tempos de intolerância racial. O tempo cuidou de limpar seu caminho com a justiça, com a vida e com o showbussiness, e ultimamente Lee estava colhendo o que lhe era devido por sua parcela de contribuição e talento à música moderna. Arthur Lee, porém, é duas vezes eterno: Quando deu ao mundo "Forever Changes", e ao deixar o mundo ontem pra se tornar, literalmente, uma estrela.

Baixem "Forever Changes" do Love, ouçam e encantem-se com o legado de Arthur Lee.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Penso, Logo Desisto

Quando as pessoas dizem que não vão com a sua cara sem conhecer você, o problema é com as pessoas.


Mas quando as pessoas não toleram você justamente por convivência, aí o problema é seu, meu amigo...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Dois Elefantes


não sei se hoje é ontem ou anteontem
e do seu telefonema eu não vi nem a cor
existe uma coisa que me dói perder
existe
uma coisa que eu custei a ganhar

meu rosto e teu rosto
rindo
dois elefantes
no fundo do mar

me falaram de um trem e eu fui pra estação
e do seu sorriso eu não vi nem a cor
existe uma coisa que eu queria esquecer
existe
uma coisa que me dói lembrar

meu rosto e teu rosto
roxos
dois elefantes
sem respirar

e o tempo
é um trem que custa passar
alguém te viu rindo e eu tava longe
um elefante pra lá
outro pra cá

quarta-feira, agosto 02, 2006

Quem Não Tem Cão, Caça Com Gato

Eu procurava um velho favorito, mas, por incrível que pareça, o youtube NÃO têm. Como diz a lôra, "não se pode ter tudo", mas achei esse dos caras ao vivo no Conan O'Brien, um David Letterman de segunda divisão nos EUA, onde o clip que eu tava procurando passa lá atrás no telão, já quebra um galho. Não conhece Superchunk? Nunca ouviu "The First Part". Nem precisa me agradecer.

terça-feira, agosto 01, 2006

Nas Ondas do Rádio

6:30AM - Ouço a CBN,antes de sair pra trabalhar

Spot de propaganda contra a evasão eleitoral veiculado pelo Superior Tribunal Eleitoral: "...Valorize seu voto, ele elege o presidente da república, e acima dele só há um brasileiro mais poderoso..."

Eu e meus botões: (Deus?)

Spot de propaganda contra a evasão eleitoral veiculado pelo Superior Tribunal Eleitoral: "...Você!"

Eu e meus botões: (É...até Ele já deu o fora desse banzé)