Terehell

sexta-feira, junho 30, 2006

Peru no Pogo


Depois de dois anos, finalmente vão nos engolir.
Muito felizes hoje!
Como diria o fortune cookie: "O Pior Cego É o Que Insiste em Meter o Dedo no Olho de Quem Enxerga".

E tem Degüella no Trilhos mais tarde.

quarta-feira, junho 28, 2006

Ave, Caezar!

Ontem fui me despedir do meu ex-vizinho, colega de profissão e de batente Júlio César Galvão. Iria saúda-lo com o tradicional “Ave, Caezar” de sempre, desejar-lhe boa sorte na sua mudança pro planalto central, onde ele iria residir apartir de hoje. Ontem me despedi do Júlio pra sempre, pelo menos deste plano de existência. Na última quinta-feira, após dar carona a alguns amigos até o Sacy, o carro popular que ele dirigia foi acertado por uma caminhonete pelo menos quatro vezes mais robusta, que o deixou entre as ferragens e evadiu-se sem prestar socorro. Após passar o final de semana agonizando, o Caezar não resistiu a um edema no cérebro, e vêio a falecer na madrugada de terça.

Ano passado o Brasil passou por uma campanha de “sim” ou “não” em relação ao (des) armamento. Está mais do que na hora de haver uma campanha séria sobre desarmamento nas ruas, pois os carros estão virando armas em poder dos motoristas; e assim como as armas de fogo, estão destruindo vidas e sonhos. Hoje é impossível (ou pelo menos achamos ser) tirar uma carteira de motorista sem passar por aulas da chamada “direção defensiva”, onde se aprende que não basta só você prestar atenção nos sinais e regras do trânsito, mas também se mancar que o seu carro não é o único na pista, e que a pista não é autorama.

Eu vejo carro como meio de transporte, não como esporte. Nunca liguei pra carros na verdade. Nunca devorei 04 Rodas, nunca decorei marca, ano, país de fabricação, potência, etc. Pra mim, carro é pra me levar de um lado para o outro driblando o tempo, e olha que eu adoro dirigir. Muitas vezes já me disseram que eu dirijo bem, com segurança e prudência, mas também já me disseram muitas vezes que eu dirijo mal, pois não corto, não tranco, não avanço, respeito sinais e não ando em velocidade exagerada. Chega-se ao ponto bem aí.

Como tudo nesse país, falta educação PARA o trânsito NO trânsito. Falta às pessoas caírem na real que carro não é brinquedo, que F1 tem bombeiros, mecânicos, equipes de salvamento, helicópteros de resgate, paramédicos e uma série de especificações de segurança que podem salvar a vida do piloto, um cara que aliás ganha bem pra arriscar o próprio pescoço, em segundos. A rua, dentro da cidade, não tem nada disso, pelo simples fato que via pública não é autódromo. Os carros que compramos nas concessionárias também não são carros de corrida, e o álcool deve ser combustível pro veículo, não pro dono. Enquanto faltar essa educação, essa consciência que você tem a responsabilidade de guiar uma arma em potencial, casos como a do Júlio vão continuar se esvaindo pelos meio-fios.

Fica a dor da perda, fica a revolta com a impunidade, já que o mínimo que se espera agora, pra mãe, pai, irmãos, sobrinhos, noiva, companheiros e amigos, é que a justiça dos homens seja feita e traga assim ao menos conforto, já que não trás a pessoa dele de volta. O "Sr. Volante" que tirou a vida inteira pela frente de sonhos, trabalho e conquistas do Caezar continua solto, “pilotando” pelas ruas impunemente, muito provavelmente na mesma “máquina” que pôs fim à vida dele. E quem garante que ele não pode também tirar a minha e/ou a sua?

terça-feira, junho 27, 2006

Outubro

Nas calçadas pisadas
de minha alma
Passadas de loucos estalam
crânios de frases ásperas
onde
forcas
esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoços de torres
oblíquas


soluçando eu avanço por vias que se encruzilham
às vistas
de cruci-
fixos

Polícias
Polícios
Vícios
Vícios
Vícios
Fixam
ilham

EU

segunda-feira, junho 26, 2006

Gogó de Aço

Aja Valda!

domingo, junho 25, 2006

Roleta Russa


Mais ou menos um mês atrás rolou um post aqui sobre violência urbana, aquele do "pesar quanto vale a sua vida antes dela valer um carro".

Na madrugada de ontem, meu mestre e boa-praça de carteirinha Hélio "Briófitas" Paiva foi pro andar de cima antes do combinado ao reagir a uma tentativa de assalto.

O cara que tentava roubar o Hélio infelizmente não têve a chance de ser aluno dele em uma escola decente, do contrário não estaria às 02:00 da manhã tentando assaltar; e o Hélio por outro lado tentou se defender, desesperadamente, porquê não tinha segurança nas ruas naquele horário. Essa é a roleta russa onde nós vivemos: se corrermos as vítimas da falta de responsabilidade social do estado pegam; se ficarmos, a polícia some.

um abraço, Hélio, aí no ecossitema infinito onde você está agora.

sábado, junho 24, 2006

Bowie Meets Reznor

Ah, muleque! Agora que eu saquei como colocar vídeos do youtube aqui, vai ser a festa!
Vamos começar com esse, um favorito de todos os tempos. Parceria do camaleão com os one-man-band Nine Inch Nails; perturbador e provocante, como só os dois sabem ser.

I'm do afraid of americans.


sexta-feira, junho 23, 2006

Repeater!

























"You say I need a job
I've got my own business
You do know what i do?
None of your fuckin' business...
But now I'm lying here
Knowing that business had a name,
But now I'm a number
1 2 3...repeater

Down by law, I've got this nasty habit
When I need something
i just reach out and grab it
Once upon a time I had a name, i had a way
But for you
I'm nothing but a number
1 2 3...repeater

Did you hear something outside?
It sounded like a gun
Stay away from that window boy...
It's not anyone we know
Only about ourselves
and what we read in the paper
Don't you know ink washes out easier than blood
But we don't have to try it
And we don't have to buy it"

quinta-feira, junho 22, 2006

Until It Sleeps

"Where do I take this pain of mine
I run but it stays right by my side

So tear me open and pour me out
There's things inside that scream and shout
And the pain still hates me
So hold me until it sleeps

Just like the curse, just like the stray
You feed it once and now it stays
Now it stays

So tear me open but beware
There's things inside without a care
And the dirt still stains me
So wash me until I'm clean

It grips you so hold me
It stains you so hold me
It hates you so hold me
It holds you so hold me
Until it sleeps

So tell me why you've chosen me
Don't want your grip
Don't want your greed
Don't want it

I'll tear me open make you gone
No more can you hurt anyone
And the fear still shakes me
So hold me, until it sleeps

It grips you so hold me
It stains you so hold me
It hates you so hold me
It holds you, holds you, holds you until it sleeps

I Don't want it want it want it want it want it
No

So tear me open but beware
There's things inside without a care
And the dirt still stains me
So wash me 'til I'm clean

I'll tear thee open make you gone
No longer will you hurt anyone
And the hate still shapes me
So hold me until it sleeps"

quarta-feira, junho 21, 2006

Umpa-Lumpa-Lumpa-Dee-Doon


Vocês acham mesmo que eu me dei ao trabalho de ver a versão do Tim Burton?
Eu prezo pela minha memória sentimental, vamos deixar isso bem claro aqui.

terça-feira, junho 20, 2006

Quem Diria, Hein, Paul?

"When I get old and losing my hair,
Many years from now
Will you still be sending me a Valentine
Birthday greetings, bottles of wine?
If I'd been out till quarter to three
Would you lock the door?
Will you still need me, will you still feed me,
When I'm sixty-four?

You'll be older too,
And if you say the word,
I could stay with you

I could be handy, mending a fuse
When your lights have gone
You can knit a sweater by the fireside
Sunday morning go for a ride
Doing the garden, digging the weeds,
Who could ask for more?

Will you still need me,
will you still feed me
When I'm sixty-four?

Every summer we can rent a cottage
In the Isle of Wight, if it's not too dear
We shall scrimp and save

Grandchildren on your knee
Vera, Chuck & Dave

Send me a postcard, drop me a line,
Stating point of view
Indicate precisely what you mean to say
Your's sincerely wasting away
Give me your answer, fill in a form
Mine for evermore
Will you still need me,
Will you still feed me
When I'm sixty-four?"

segunda-feira, junho 19, 2006

Num Lugar Distante Daqui...

Uma formosa dama estrangeira bateu à porta de um confeiteiro de uma cidadezinha. Vendo tal formosa dama adentrar seu humilde mas respeitado estabelecimento, o confeiteiro perguntou em que lhe poderia ser útil.

“Faça-me um bolo”
“Senhora, tenho bolos aqui da mais variada qualidade, escolha à vontade”
“Não, confeiteiro, eu desejo que você me faça o maior e mais delicioso bolo, não só da sua cidade, mas da província inteira.”
“Senhora, para fazer tal bolo tenho de dispor de ovos, leite, farinha, chocolate, cerejas...Não possuo em grande quantidade aqui comigo”
“Ora, confeiteiro... Se você disser aos aldeões que lhe fornecem este material que seus ingredientes servirão para fazer um bolo inenarrável, qual este que estou a lhe encomendar, eles darão até de graça os ingredientes a você!”.

O confeiteiro levou em consideração a venda tacanha de sua padaria, e não podia deixar passar a oportunidade. “Sim, madame, farei o bolo!”. A dama avisou: “Mas preste atenção: você tem seis meses para aprontar tudo!”. “Seis meses dá tempo”, pensou o confeiteiro. Procurou o dono da granja, o da leiteria, o do moinho e assim por diante, oferecendo participação no bolo. Todos ficaram eufóricos e aderiram ao projeto.

À medida que se aproximava a data da entrega, os parceiros foram entregando seus ingredientes, e cada um cuidava de mandar mais que o combinado, afim de que o sabor de seu produto se destacasse mais no resultado final. Faltando uma semana para a entrega do bolo, a Dama chega de surpresa a padaria.

“Senhora? Já? Falta uma semana ainda para a entrega. Estou em fase final, estou com 12 pessoas arrumando o glacê e as cerejas da decoração”.
“Ótimo! Vamos ver se você trabalha mesmo bem, confeiteiro. Mostre-me o bolo já montado no tabuleiro”.
Todo orgulhoso confeiteiro mostrou o enorme bolo nos fundos da padaria: um colosso puxado por seis pessoas, sendo decorado por vinte e quatro velozes mãos, espalhadas em três escadas. A senhora olhou bem para o bolo e voltou para frente da padaria.

“Seu serviço é de artesão, confeiteiro. Mas eu desejo uma última coisa...”
“Pois não, senhora”
O cocheiro da dama trouxe da carruagem uma caixa de papelão, uma caixeta comum. “Vê está caixa? Acomode o bolo nela...”
Os olhos do confeiteiro se encheram de pavor. “Senhora, mas...”
“Não me interessa, estou pagando e quero o bolo a meu gosto”
“Senhora, reduzir o bolo...Os ingredientes foram todos doados pelos fornecedores da cidade, todos querem seus produtos em destaque na finalização do bolo, reduzi-lo vai deixa-los possessos!”.
“Problema seu! Vire-se!”

Moral da estória: Padaria e Festival de rock é tudo a mesma coisa.

domingo, junho 18, 2006

Valeu, Bussunda!


C&P - O Casseta & Planeta em sua longa existência já fez de quase tudo – discos, livros, shows, rádio, televisão, internet, revistas, striptease em boate gay – mas ainda não tinha feito cinema. Por que um filme agora?

BUSSUNDA - Já que na televisão não conseguimos, a gente queria ver se no cinema comia alguém, nem que fosse a mulher que vende bombom.

sábado, junho 17, 2006

Vamos Ver Se Vocês Aprenderam...











"Gostar é a melhor maneira de ter.
Ter é a pior maneira de gostar."

quarta-feira, junho 14, 2006

T.D.E


Falei aqui uns dias atrás da propaganda da cerveja com os Mulheres Negras. Agora eu trago o site, simplismente hilário! Lá, além de você poder fazer parte da T.D.E (Torcida Desorganizada Pelos Elefantes), pode baixar wallpapers, emoticons, ver os videos da campanha, participar de um "bolão", comentar num blog e torcer muito pelo "futebol-moleque" da Costa do Marfim (ok, perderam a primeira, mas a copa ainda não acabou pra eles).

Importante: Você tem de clicar no título do post pra ir direto pro site, e também tem de ser maior de 18 pra entrar no site (aliás, em todo e qualquer site de cervejaria).

Importante 2: aproveitando a deixa, vou esclarecer uma pequena dúvida. Vez por outra vão pintar uns textos alheios aqui, SEMPRE colocarei uma foto ou caricatura (de preferência) do autor e um link, clicando no título do post, pra alguma fonte de informação sobre o mesmo (senão o serviço ficaria pela metade, concordam?). Nem me passa pela cabeça ficar pagando de f*dão aqui às custas dos outros, muito pelo contrário, minha intenção é dividir coisas legais com todos, conversados?

Então: GO, Ivory Coast, Go!

terça-feira, junho 13, 2006

Rest In Pain

Semana passada peguei com um amigo uma cópia do DVD "Live In São Paulo", do Sepultura. A bem de ser bacana, já tinha um gosto de despedida, aquele clima de "o-último-a-sair-por-favor-apague-a-luz". A saída definitiva de Iggor Cavalera do posto de baterista do Sepultura, na tarde desta segunda, 12/06, põe fim a um ciclo, uma estória e um sonho.

Como músico, Iggor expressou a frustração com os direcionamentos da banda. Já circulava no myspace.com um perfil com um trabalho solo dele há algum tempo, coisas tribais misturadas a hip-hop e eletrônico, inimaginável e sem espaço dentro do som da banda. Músicos crescem, espandem horizontes, ficam muitas vezes como gatos que crescem em garrafas. Sem espaço pra crescer, a garrafa, por fim, tem de quebrar.

Iggor e seu irmão Max sairam do fundo de um quintal em Belo Horizonte na primeira metade dos anos 80 pra criar um mercado, não pra conquista-lo. Engatinharam no meio independente, e indigente, do Metal tupiniquim, numa época de shows internacionais escassos e de um circuito underground precarissimo. O Sepultura criou parãmetros numa seara nunca antes explorada por nenhuma banda de Rock dentro do território nacional, saindo dos fanzines xerocados pras páginas coloridas de revistas empesteadas de jabá mercadológico, na raça. Na cara dura conseguiram um contrato internacional e construiram toda uma estrutura que permitiu o crescimento da marca Sepultura mundo afora.

Entrar numa loja de discos e ver uma cópia do "Beneath The Remains", no hoje longinquo ano de 1989, era como ver a seleção ganhar uma copa do mundo. Tentemos imaginar quantos garotos começaram a tocar na cola dos irmãos Cavalera. Teremos uma pálida noção do tamanho do sonho que eles ajudaram a tornar realidade. Respeitados por público, imprensa e por musicos de outras áreas, nada parecia poder parar a locomotiva Sepultura. Apenas eles mesmos.

Dezembro de 1996. Conflitos de ego fazem 3/4 da banda romper com a empresária Glória, esposa de Max. Muito cedo para um fim, a banda convoca o americano Derrick Green e inicia uma morte lenta e anunciada que durou oito longos anos. Sem contar com a estrutura internacional de antes, as turnês foram ficando mais e mais escassas, e a banda, que antes apontava tendências no mercado, passou a dar voltas em torno de si mesma, em discos redundantes e que passaram ao largo do impacto causado por obras-primas como "Chaos A.D" ou "Roots". Aproveitando do respeito que ainda desfrutavam no Brasil, seus membros passaram a explorar outras atividades: Paulo e Derrick ficaram sócios num bar e Andreas passou a fazer shows-solo com convidados; um deles, Júnior, da dupla Sandy & Jr, gerou uma crítica ácida de Iggor em uma revista especializada há cerca de nove meses atrás. Primeiro sinal que algo não ia bem.

Mais indícios: Por mais de uma vez, em revistas nacionais e internacionais, Max, a frente do Soulfly, demonstrou abertamente o desejo de tocar uma vez mais com a banda, principalmente com o irmão. Um convite mais que explícito que com certeza balançou as internas do grupo. Na hora de partir para divulgação de "Dante XXI", o disco que parecia finalmente ser a rendenção, Iggor alega motivos particulares para não acompanhar a mini-maratona de shows pela europa ocidental. Roy Mayorga, ex-Soulfly, é contratado para os shows e a boataria, veiculando a troca direta dos passes dos dois bateristas, é desmentida por Iggor em uma nota oficial. Os bons entendedores começaram aí a apostar quanto tempo Iggor levaria para estar pilotando as baquetas do Soulfly.

Nos últimos vinte e um anos, o Sepultura sintetizou o sonho de muitos garotos brasileiros. Viver de música, gravar e excursionar fora do país, ter seu trabalho reconhecido ao ponto de se equiparar, lá fora, à fama de Pelé. Com o fim, pelo menos, desse sonho, começam as incógnitas. Andreas e Paulo ficarão com o nome Sepultura? Iggor migrará mesmo para o Soulfly? Caso isso realmente ocorra, haverá uma "volta" da formação original? O fim de um sonho também é o fim de um ciclo, e o começo de outro ciclo e de mais sonhos. Juntos ou separados, ainda vêm muito barulho por aí.

domingo, junho 11, 2006

Das Vantagens De Ser Bobo

"O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir tocar no mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo, estou pensando."
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.
O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar,e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu. Aviso: não confundir bobos com burros.
Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida.
Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo."

sábado, junho 10, 2006

Bom de Garfo

Sim, eu adoro programa de culinária: Jaime Oliver, Mesa pra Dois, aquela inglesinha do nome estranho, as duas velhinhas que andam de lambreta e bebem pra cacete no People & Arts, etc. Antes que você solte um sonoro "coisa de boiola!", saiba que comida, assim como música, é algo cheio de estória, remete a outros tempos, e é, lógicamente, cultura. A TV, segundo a escola de Frankfurt (que devia ingerir muita salsicha), é um meio 'frio', porque você está vendo tudo ali, à cores, não está instigando seu cérebro a trabalhar imaginando nada. Até contra isso os culinários da TV vão contra, afinal, TV não tem cheiro nem gosto (ainda). Mas calma. Minhas aventuras pela terra das caçarolas, papeiros e escumadeiras ficam na admiração televisiva. Na cozinha eu não me arrisco a nada, a não ser, claro, que o motivo seja sobrevivência...Mas já passei por umas experiências interessantes com caças (tudo legal...não precisa ligar pro IBAMA), com a panelada da sinuca da Raimundinha, no Planalto Uruguay e uma incursão exótica por um terreno que eu me atrevo pouco: a da mistura de salgado com doce, numa espécie d emuse de quijo com morango que ativou terminações gustativas que eu não conhecia em mim. Enfim, vez por outra vou colocar aqui umas dicas do assunto, sem grandes mimetismos, como sempre irei do trash à finesse, prometo. Boun apettit!

sexta-feira, junho 09, 2006

Te Esconjuro, Copa!

Dessa vez Copa do Mundo vai ter tratamento de Big Brother: nao sei horários de jogos, não quero saber quem vai se dar bem, não decoro nome de jogador e nem discuto lance polêmico. Pode me acusar de anti-patrióta (já fui chamado de coisa pior), mas esse ano Copa do Mundo não passa na minha TV.

A única coisa realmente boa dessa Copa 2006 foi ter ressuscitado a dupla Os Mulheres Negras (na verdade dois machos brancos, Maurício Pereira e André Abujamra)numa propaganda de uma cervejaria. Com uma par de discos nos anos 90, eles formaram "a menor big-band do mundo", e deram frutos como Karnak e Pato Fu.

No VT, Maurício e Abú torcem pelo vice-campeonato do time da Costa do Marfim. Penso que se os mesmos (Costa do Marfim, pô...) passar pra segunda fase eles até arriscam compor um hino, afinal os dois são craques em jingles.

Taí, vou torcer pro "futebol moleque" da Costa do Marfim.

quinta-feira, junho 08, 2006

Distraídos, Venceremos!


isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

quarta-feira, junho 07, 2006

Pão & Circo


Taí mais um triste espetáculo do cotidiano da Pindorama.

Um candidato à candidato, filiado ao governo, compadre do presidente, chefe de pasta social em primeiro escalão do partido; usa um movimento social radical e faminto pra invadir o congresso e botar medo em deputados borra-botas. No meio da confusão, uma segurança despreparada, um carro zero km virado, caixas eletrônicos, computadores e centrais telefônicas depredados.

A desculpa: O congresso foi erguido e é mantido com dinheiro do povo, logo o povo pode entrar arrebentando tudo.

Ás vezes eu digo que Medéllin é aqui.
É mais não: Chiapas é aqui.

segunda-feira, junho 05, 2006

E Agora, José?

Você já parou alguma vez pra pensar quanto vale a sua vida, o bem maior que você pode ter?

Ou você é daqueles que prefere parar pra pensar nisso quando for colocado numa situação onde ela seja posta na balança pra ser pesada por um par de tênis, um carro, um couro-de-rato que você tiver na carteira, um relógio, um cordão de ouro, etc?

Esse ano não é só ano de Copa do Mundo, é ano também de eleição. Vamos ter, mais uma vez, a chance de trocar as caras das pessoas que são responsaveis diretas pelo descaso com a coisa pública, pela falta de segurança, pela falta de compromisso com o social.

Enquanto isso, pergunte a si mesmo quanto vale o seu lindo pescoço.

quinta-feira, junho 01, 2006

Fortune Cookie Big Hits Vol.11

"Um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic."