Terehell

sábado, julho 28, 2007

Cansaram?




A bagaceira continua hoje...

quinta-feira, julho 26, 2007

Rock Da House III



Compareçam!

Rock'Da'House III

Bandas: Tequinóizi e NöVA
DJs: Chrissie - Donato & Zan - Dave - Iza
Visual Art: Fábio Crazy da Silva - Sam - The Six (DF)
Rua Paissandú 1532 (logo depois do sinal do Palácio de Karnak) - Centro


Levem o algodão pra proteger os tímpanos, pois sábado ainda tem fuá...

sexta-feira, julho 20, 2007

From Hell



Durante alguns meses, entre 84 e 85, Slayer, Exodus e Venom fizeram uma turnê pelos Estados Unidos bancados pela Combat, uma pequena gravadora que apostava no filão thrash. O ponto máximo dessa viagem toda foi um show num local chamado Ritz, onde alguns anos antes havia funcionado o Studio 54, a meca da disco music. Muito na esperteza, esse show foi filmado e virou um vídeo que foi clássico nos anos 80, nos aúreos tempos do VHS. Apesar do Venom fazer uma apresentaçãozinha bem mixuruca, Exodus e Slayer aproveitaram ao máximo o auge não só da suas respectivas inspirações, mas também da popularidade. Hoje o youtube recorda tudo isso:






Aos 'Belo Brothers', porque que nem nós não nasce mais.

quarta-feira, julho 18, 2007

Pan Pan Pan Pan




O Pan é uma maravilha, minha gente. Mesmo com vaias, se Lulinha e César Maia soubessem antes que tanto circo assim abafaria as chacinas nas favelas e entupiria a cidade de turistas, o lobby do Sr.Alberto "Blue Eyes" Nuzmann já teria emplacado há mais tempo. Tudo é alegria, medalha, no mínimo, de bronze pro marketing político. E as TVs agradecem. Imaginem qual não foi a minha emoção em ver, pela primeira vez na vida, um jogo de baseball na TV. Fiquei estarrecido. A gente se acostuma a ver esse esporte tipicamente estadunidense nos filmes de Hollywood, acha confuso e caótico. Qual nada! Em cinco minutos, com a TV muda, eu saquei a parada toda. É muito simples: é só manter a bola em jogo enquanto você estiver com ela em seu poder e pronto. Se você estiver arremessando, tem de fazê-la chegar às mãos do seu companheiro atrás do cidadão com o bastão, que por sua vez está tentando interceptá-la e fazer você correr pra repô-la em jogo, assim ele pode tentar o momento máximo da partida, o home run, percorrendo todas as bases. Não é à toa que este esporte, onde jogador bom é o com dados estatíscos mais altos, é bastante popular nos EUA, Japão, interior de SP e Cuba. Sim, é esporte nacional em Cuba, além de último vestígio de colonialismo por lá. E há os momentos bonitos. Se não há o drible, a tesoura, o chapéu, e a macharia suada, há o charme de rebater a bola segurando as duas extremidades do taco e projetar o mesmo um pouco à frente do corpo, fazendo a bola acertar bem no meio do bastão. E também há faltas, por que não? Arremessar a pequena esférica, feita de camadas de couro sobrepostas e costuradas, no corpo do adversário é falta grave, e pode gerar um zum-zum-zum digno de Brasil x Uruguai em semifinal de Copa América. Os atletas, vejam o acento democrático, não precisam ser altos nem baixos, nem gordos ou magros, nem ter vergonha da barriguinha de cerveja; o que não os livra de contusões quando contusões há. Muitos machucam pulsos e canelas, com o peso ou o deixar cair dos tacos. É impressionante que este esporte, que só perde em emoção e adrenalina para o Cricket bretão, não tenha ainda emplacado aqui. Mas depois desse Pan tenho certeza que a venda de luvas e tacos vai aumentar vertiginosamente, tamanha será a febre, comparável apenas à gerada pelo tênis três anos atrás (alguém lembra? whatever...). Já vejo até uma seleção canarinho só de jogadores de olhinho puxado, e a torcida vibrando: "Pedala, Japinha!"

quinta-feira, julho 12, 2007

O Pam Da Arlindo Nogueira




Uma lembrança que eu guardo viva na minha cabeça é de uma tarde, depois de uma chuva, aquelas canaletas cheias de água misturada com folhas de Oití; eu devia ter uns sete anos de idade ou não mais que isso, e eis que surge um adolescente cabeludo, magricelo, descendo uma ladeira com aquele asfalto fumaçando do mormaço e brilhando, molhado de chuva, tocando uma flauta. Eu era um menino sem vitrola em casa, onde música era uma coisa produzida pelo meu pai, e esse fauno, Marcinho Menezes, morava a um quarteirão de distância de mim, e me fez ver, talvez pela primeira vez na vida, que se fazia som além dos muros de casa. Como todo bom adolescente, o Marcinho enfiou na cabeça que ia viver de fazer o que gostava, daí foi morar noutras paragens: Brasília, Rio de Janeiro...Mas acabou voltando pra Teresina e abrindo uma escola de música, onde eu me meti a estudar, embora passasse boa parte do tempo cascaveando os discos de jazz que ele deixava em um aparelho de som quase ornamental num canto de uma das salas de estudo. Um empréstimo de uma cópia de "Hot Rats" de Frank Zappa selou nossa amizade. Depois da escola, Márcio Menezes foi tocar os CDs dele, todos independentes e sempre com participação de maiorias do gênero, pelo mundo afora. Mesmo fazendo música instrumental não deixa nunca de homenagear o Piauí, sua cultura e suas belezas naturais, seja nos títulos de suas músicas ou nos nomes de batismo dos CD. De volta mais uma vez à terrinha, montou um estúdio, onde, depois de levar uma surra do endereço, fui encontra-lo finalizando seu próximo CD, que tem quatro faixas disponíveis no myspace. E lá ele fica, vivendo de música e criando o que gosta e vem na telha; esse sim o verdadeiro sucesso.

terça-feira, julho 10, 2007

Barba, Cabelo & Bigode



Bão...Me pediram a íntegra disso, então taí: a famigerada "demo" (na verdade um ensaio gravado de um take só) do NöVA, inclusive com as músicas que eu não sei os nomes (ou que nunca tiveram mesmo - percebam o espírito da coisa bem aí).

Aproveitando pra lembrar que vamos tocar dia 27 na Rock Da House, festinha descolada do Gualberto Jr.

sábado, julho 07, 2007

Bom Era No Tempo Do Vandré



Anteontem estava ouvindo aquele segundo disco dos Mutantes, que tem duas ou três músicas que concorreram naqueles festivais da época aúrea da TV Record. Na primeira faixa os caras sacaneavam o cantor paraibano Geraldo Vandré, que, talentos à parte, era um esquerdista radical e vivia cobrando o tal engajamento por parte da classe artística. Já na última música usavam um côro de "bicha!bicha!", misturado a vaias, uma alusão ao comportamento caricato do público dos festivais, que acabou por tirar do sério gente como Sérgio Ricardo (foto), que eternizou o flagelo de seu violão diante da massa urrante bem antes disso ser moda em Seattle (terra de Hendrix e Cobain, dois carrascos de instrumentos nos anos e décadas subseqüentes). Esse tipo de ôba-ôba dava uma audiência gigantesca aos festivais; gigantesca pros números da época, claro. Um outro Brasil, onde não se podia falar nada ou mesmo andar em grupos na rua. Pra se ter idéia, a policia da repressão deu um jeito de queimar um dos teatros universitários que abrigava os festivais, só pra garantir que não ia ter mais nenhum por lá.

De lá pra cá a coisa incrementou, já que a paixão do brasileiro por festival, ou qualquer outro evento que junte música e gigantismo, continuou intacta. Já não se davam mais prêmios em dinheiro ou gravações quando Roberto Medina desembarcou o maior número de artistas internacionais a vir à Terra de Vera Cruz de uma só vez (mesmo que muitos deles nem estivessem mais na crista da onda). Seu Rock In Rio rendeu três edições, até se mudar de mala e cuia pra Portugal ("Rock In Rio Tejo"??). Outros aproveitaram o embalo dos internacionais pra fazer um upgrade e foram bons enquanto o Ministério da Saúde não proibiu eventos patrocinados por marcas de cigarro (e mesmo que não tivesse proibido, chegariamos ao ponto em que os próprios artistas se recusariam a vir, pelo mesmo motivo).

Hoje a magrenha das vacas é outra. As gravadoras perdem o sono sem saber ainda como vão vender música daqui por diante, muitas delas até ameaçam fechar as filiais nacionais e qualquer um é artista com conhecimentos básicos de informática pra se auto-produzir, auto-gerir e auto divulgar pela internet. O que não impede que as gravadoras criem seus darlings e se mancomuneiem com produtores de grandes festivais, criando uma ciranda milionária de lava-mãos.

O esquema não tem segredo: a gravadora tem interesse em valorizar seu produto (disco), o artista ganha dinheiro, efetivamente, com turnês; e acha ótimo estar sempre aparecendo nesse tipo de evento e valorizando sua imagem na berlinda. O dono (o verdadeiro) do festival não tem do que reclamar; Tem sempre um evento pra 20 ou 25 mil pessoas por noite, e as atrações lhe abrem portas na hora de amealhar parceiros comerciais, além de ainda poder "exportar" o formato do evento para outras praças.

Isso tudo seria lindo e maravilhoso se, no caso do Brasil, isso não causasse um esmagamento do mercado que existe independente desses mega-eventos. Existem bandas tocando e excursionando sem parar, em esquemas menores e informais, e que nem sempre tem a chance de emplacar numa vitrine com tamanha faxada. Coisas realmente legais e de conteúdo que são deixadas de lado em favor de dar mídia a quem já tem mídia demais. Há quem defenda que esse tipo de evento "esquenta" as cenas, mas meu sentido de aranha me avisa que esses festivais megalomaníacos só geram bandas tão insosas quanto as que as gravadoras vendem aos produtores,a final na briga de foice por uma chance ao sol, vale quase de tudo.

Reflexo dos tempos, do mundo globalizado, do excesso de informação (que é tão prejudicial quanto a falta da mesma)e principalmente da apatia do público, que aceita pagar o que for pra ver coisas que lhe são atochadas garganta abaixo. Em todo caso fica valendo, ainda, a máxima de Vandré: "A vida não se resume a festivais".

quarta-feira, julho 04, 2007

Maluco Regulão



A coisa anda mesmo braba pra banda do Senado. Não bastasse Renan, suas amantes, pensões alimentícias e seu rebanho (eleitoral ou não), o sempre alerta e arroz-de-festa Mão Santa ocupou a tribuna para defender que a epidemia de dengue no PI seja combatida com a fumaça da maconha (não precisa voltar e ler de novo, é isso aí mesmo que você leu).

Segundo o senador do delta, se a dengue inexiste em lugares como Cuba e a Colômbia é porque a presença de grande quantidade de fumaça oriundas dos baseados afugenta o mosquito transmissor. Só esqueceram de avisa-lo que os charutos cubanos, famoso produto de exportação da ilha de Fidel Castro, vem recheado com um tabaco de muito boa qualidade, não com cannabis sativa; assim como um outro produto de exportação (não com tanto orgulho assim) da Colômbia é a cocaína.

Senador Mão Santa engoliu mosquito, até parece que fuma...