Terehell

quarta-feira, outubro 31, 2007

Só Dói Quando Eu Rio...

segunda-feira, outubro 29, 2007

Na Casa do Ferreiro...

Police vem aí, né? Estiveram por aqui no auge da fama, na turnê do "Synchronicity", em 80 e alguma coisa (quase junto com o Van Halen). Uma estorinha curiosa: Miles Axe Copeland Jr. era um soldado americano em Londres quando seu primeiro filho, Miles III, nasceu numa noite de intenso bombardeio. Com o fim da segunda guerra, Miles foi recrutado pra ser um dos fundadores do serviço secreto americano, A CIA, o que o levou a ir morar nas regiões em litígio com o império americano, primeiro a Síria, onde nasceu seu segundo filho, Ian, e depois o Líbano, onde vêio ao mundo o caçula Stewart. Antes do exército, Miles Jr foi um trompetista de big band, e seus filhos resolveram juntar o útil ao agradável: música e polícia. De trás pra diante, Stewart tornou-se baterista (nos anos seguintes, um dos mais influentes da estória do instrumento) de uma banda chamada...The Police! Miles III e Ian foram na cola do irmãozinho. Ian também era musico e chegou a ter uma banda chamada...F.B.I, mas passou a trabalhar agenciando o Police. Miles III tornou-se uma das figuras mais erráticas da música dos anos 80. Além de ser um manager mão-de-ferro, Miles foi dono do passe de várias estrelas da música pop como o grupo feminino The Bangles, Oingo Boingo, Wall of Voodoo, além de fundar a gravadora I.R.S, uma das primeiras independentes americanas, lar da fase inicial do R.E.M e licenciada para lançar grupos ingleses como The Smiths e UB40 no mercado americano. Nesse vinte e tantos anos que o Police ficou parado, os irmãos Copeland perderam o patriaca Miles Jr, o irmão Ian. Miles III continuou exercendo seus dotes de bussinessmen trabalhando na divulgação de artistas de world music. Stewart organizou trilhas sonoras e usou sua posição de ícone pra tocar com quem bem entendesse, inclusive com Andy Summers e Sting, na festa de casamento do último. Desde então a boataria em torno da volta da banda (que no passado chegou a sair na porrada em plena coletiva de imprensa, tudo devidamente registrado por Miles III, afinal se algum tablóide fofoqueiro ia pagar a alguém pelas imagens, que fosse a ele) só foi ficando mais forte. O Brasil recebe parte do legado dos Copeland no próximo mês de dezembro.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Simon Gallup


Simon Gallup entrou para o The Cure em 1980, no disco "Seventeen Seconds". Até sua primeira saída, em 1982, Gallup já teria deixado seu nome impresso na estória da banda ao criar linhas de baixo climáticas e melódicas, como a de "A Forest", contrapontos perfeitos ao pop colorido de outras bandas que encabeçavam o hit parade naqueles dias. SG deixou o Cure após o álbum "Pornography", considerado por muitos a primeira obra-prima da banda. Voltaria em 1985, no disco que abriu o mercado não-europeu ao Cure, "The Head On The Door". A fórmula de Gallup sempre foi bem simples: linhas melódicas econômicas em cima de um forte efeito de chorus (que acaba gerando uma saturação sem distorção), notas agudas e um gosto por instrumentos de timbre vintage. Três exemplos da precisão gallupiana:

"A Forest" (1980): fazer uma frase melódica e deixar os outros instrumentos irem se acrescentando, uma das marcas registradas do Cure:





"Push" (1985): Aqui a introdução é longa, deixando a parte cantada começar quase no meio da música, cabe a Gallup fazer a "costura" entre as duas partes:




"Lovesong" (1989): Talvez a linha mais marcante já criada por SG. O baixo "puxa" a introdução, e guitarras e teclados são "aplicados" em cima:

quarta-feira, outubro 24, 2007

Ao(s) Bom(ns) Entendedor(es)



"BILTRE: adjetivo e substantivo de dois gêneros
que ou quem age de forma vil; canalha, infame


Etimologia
fr. bélître 'mendigo', p.ext. da designação 'indivíduo das ordens mendicantes', de orig.contrv.

Sinônimos
como subst.2g.: ver sinonímia de pulha

Gramática
fem.: biltra; aum.irreg.: biltraço"

terça-feira, outubro 23, 2007

A Última Gargalhada



Paul Raven, baixista da banda post-punk britânica Killing Joke foi encontrado morto no último sábado em um vilarejo na Suíça. Raven, 46 anos, estava no país para produzir o disco do quinteto industrial franco-suiço Treponem Pal. Formada em 1978 na Inglaterra, o Killing Joke começou a se destacar dois anos depois, com seu auto-intitulado disco de estréia, com as performances teatrais do vocalista Jaz Coleman e com o forte teor de crítica de suas letras. Em 1987, a música "The Wait" (primeiro vídeo) foi regravada pelo Metallica no EP "Garage Dayz Re-Revisited", e em boa parte dos anos 90 o KJ foi emulado por uma enorme quantidade de bandas como Faith No More, Helmet, Godflesh, Skinny Puppy, Ministry e Prong (nessas duas últimas, Paul Raven chegou a tocar, como músico convidado). Kurt Cobain assumiu de público, diversas vezes, ser fã da banda e dela ter "tomado emprestado" o riff de "Eighties" (segundo vídeo) para compor o de "Come As You Are", um dos hits do disco "Nevermind" (91). Em 2003, Dave Grohl retribuiu o "favor" tocando bateria no disco de estúdio da banda naquele ano.




domingo, outubro 21, 2007

Tropa, de Elite?



O "fenômeno" Tropa de Elite tomou mesmo conta do país. Sem contar o mérito de usar a pirataria na própria divulgação, o filme volta a colocar os supostos mocinhos no lugar dos mocinhos.

Lampião, Boca-de-Ouro, Bandido da Luz Vermelha, Lúcio Flávio, Rainha Diaba, Leonardo Pareja, Madame Satã, Zé Pequeno: o cinema nacional, desde os anos 50, encontrou uma identificação com a marginalidade por ser também marginal, no sentido de que era feito por uma minoria intelectualizada, a qual, por muitas vezes se sentia tão ou igualmente perseguida pelos "nascimentos" da vida. Já houve quem fizesse até filme explicando a aproximação da intelectualidade com a bandidagem ("Quase Dois Irmãos").

"Tropa de Elite" é a contramão, mostra as internas da PM, que por si só são entranhas mais recôndidas que as vielas de uma favela. O que pouca gente parece notar é que o filme iguala policia e bandido, pra depois mostrar que, microscopicamente, uns são mais bandidos que os outros.

Mas como cinema nacional hoje em dia rima com estatal, a briga pré-Oscar entre Globo (Tropa de Elite) e TV Cultura (O Ano Em Que Meus Pais Sairam de Férias) segue adiante. "Mas quem foi que disse que a vida é fácil?"

sábado, outubro 20, 2007

Papa Was a Rapid Eye Moviment



Adoro esse clip, desde o tempo (89?90??) que via um especial da Manchete, capitaneado pelo Tom Leão (Jornal do Brasil). O programete (patrocinado por um absorvente e com uma apresentadora socada num micro-short que fazia você imaginar que ela estava escondendo o absorvente no pâncreas, talvez) era pra vender o "Out of Time", "Losing My Religion", aquela M$#%&* toda...Já me interessava o material mais antigo, da fase IRS. Ainda gosto do P&B, da idéia dos contrastes, dos textos cursivos na tela, da falsa idéia de balada. Grande banda, pena que hoje em dia, por força da circunstância, eles apareçam demais nos clips.


sexta-feira, outubro 19, 2007

Sabedoria dos Vermes





"-Meu senhor - respondeu-me um longo verme gordo - , nós não sabemos absolutamente nada dos textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem amamos ou detestamos o que roemos; nós roemos."

quinta-feira, outubro 18, 2007

De Elite




Tá pequeno pra ler? Clica em cima, né...?

terça-feira, outubro 09, 2007

O Rock Errou





Já vi muita maré baixa pras bandas da "cena".

Já vi nêgo rastejar pra tocar em coisa do governo, tocar por cerveja, levar cano de dono de bar, fazer show domingo à tarde, dar 1 centavo de troco em ingresso de R$1.99, pedir leite, "comprar" festa pra promover festival, banda que se vende como "pop" pra descer macia na goela do contratante...

Mas agora a tríade do momento é "banda cover + entrada franca + mulher pelada". E pra piorar a covardia, visando quebrar outro evento no mesmo dia.

Erick Miranda, só ratificando o que nos conversamos ainda essa semana: O Rock errou, e feio, meu querido!

segunda-feira, outubro 08, 2007

Mea Culpa