Terehell

sexta-feira, agosto 29, 2008

Dispensa Legendas

Já tá quase no fim, mas continua um senhor programa.




Clicando no título do post cai no blog do festival.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Pra ir, hein...!?

raizes

segunda-feira, agosto 25, 2008

A Long & Winding Road

sábado, agosto 16, 2008

Dorival Caymmi +1914/*2008


Compositor baiano, era dos últimos artistas do século passado veiculado à Era do Rádio. Tido por muitos como precursor da Bossa Nova, foi resgatado diversas vezes por João Gilberto em regravações como "Rosa Morena" e "Saudade da Bahia".

O jeito malemolente de suas canções, a maioria tendo como pano de fundo o mar, aliado ao fato de ter composto pouco mais de cem delas em mais de sessenta anos de carreira, lhe conferiram a fama de "preguiçoso".

Ao ir lhe dar uma carona para um programa de TV nos anos 1960, o produtor, letrista e jornalista Ronaldo Bôscoli lhe perguntou:

- Você não vai passar nem um pente no cabelo?

Caymmi respondeu fagueiro:

-Não...Eu já vim penteado da Bahia...

Nana, Dory, Danilo, João Valentão, Nália e a música brasileira choram sua partida.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Ora, mamonas!

Eu tinha uns seis ou sete anos de idade quando enfrentei bravamente uma tarde de sol na cabeça pra ver esse filme no finado Cine Royal, ali bem no centrão; uma fila que dobrava o quarteirão. Bons tempos. Agora tá saindo numa caixa com outros trinta e tantos DVDs de filmes dos psitis entre 1968 e 1990. Nesse filme os Trapalhões trabalham pra uma equipe de corrida de carros, e Didi faz experiências com um combustível extraído de uma planta muito comum aqui no nordeste chamada Marmeleiro. Problema é que ele bebe a gororoba e vira um monstro tipo Hulk, e dá-lhe confusão.

Mas o post não é sobre nostalgia. Combustíveis não-fósseis continuam sendo o assunto da vez. Se naquela época (comecinho dos anos 80) o negócio era arrumar alternativas pra driblar a síndrome nuclear, hoje o politicamente correto é diminuir a emissão de poluentes. Quase trinta anos depois o Brasil continua sem produzir combustível não-fóssil e não-poluente, tirado de algum recurso vegetal abundante. E olha que nesse meio tempo têve o Pró-Alcoól...

Lula brigou e esperneou pelo Bio-Diesel, peitou até Bush Jr. pela expansão de mercado, mas levou uma senhora bolada nas costas da Petrobrás, que não cansou, nem cansa, de queimar o Bio-Diesel derivado da mamona. É, aquela mamona que você joga nas costas dos outros na rua quando é moleque vadiando por aí. Uma parada que dá em qualquer fundo de quintal, em qualquer pé-de-muro. As embrapas e ematers da vida dizem que a mamona é a salvação da pátria, e que a Petrobrás está auto-sabotando o governo pra não perder a boquinha de ser a menina-dos-olhos.

O fato é que não há um só dia que não se abra um jornal e não se leia uma matéria falando, bem ou mal, da mamona. Enquanto isso, milhares de famílias que poderiam viver da mamona nas áreas mais pobres do NE continuam morrendo de fome. Essas mesmas áreas continuam economicamente atrofiadas por falta de um produto que faça o dinheiro correr e traga consigo a reboque um pouco de desenvolvimento que seja. Em trinta anos não se investiu nem em pesquisa nem em moral, mas sobrou cobrança de impostos pra sustentar gastos avulsos dos governantes.

Desses, nem Didi, Dedé, Mussum e Zacarias podem nos salvar.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Isaac Hayes *1942/+2008

Na América dos primeiros anos pós-segregação, muita coisa não tinha mudado. Rádios, clubes e principalmente gravadoras ainda eram guetos onde só se trabalhavam artistas negros, só tocavam, cantavam, arranjavam e produziam artistas negros. Gravadoras como Motown/Tanla e Stax/Volt desovavam nas lojas e rádios a América afro-descendente que os afro-descendentes queriam consumir. Essas gravadoras eram verdadeiras linhas de montagem de hits. Dezenas de singles e LPs abarrotavam as paradas de sucesso, e vendiam, claro, não só para os negros. A história da Motown é de uma influência gigantesca no universo pop. De lá sairam Marvin Gaye, Diana Ross, The Four Tops, Jackson 5 (e depois Michael solo), Smokey Robinson e mais um catatal de gente que mandou nos charts mundo afora por décadas. Mas havia a Stax, onde gravavam Curtis Mayfield, Otis Redding, Booker T & The MG's, e onde trabalhava um arranjador, produtor e músico chamado Isaac Hayes. Em suas horas de folga, e contando com uma mãozinha dos colegas de trabalho, Hayes gravou “Hot Buttered Soul”, livre e desempedido pra meter a mão em coisas como “Walk On By”, hit de Burt Bacharach na voz de Dionne Warwick alguns anos antes. Certamente os executivos da Stax, além de não muito satisfeitos com o fato de um empregado usar a máquina da gravadora pra gravar um disco próprio, ficaram de espinha congelada ao ouvir o arranjo de cordas no melhor estilo wall of sound de Phil Spector numa música de abertura com doze minutos, cravados, de duração. Como vender um disco com apenas quatro faixas? Como pôr na rua um single chamado “Hyperbolicsyllabicsesquedalymistyc”? Quando chegaram à última faixa, “By the time I get to Phoenix”, com dezoito minutos e uma introdução totalmente falada, sem base instrumental, tufos de cabelo black power se espalhavam pelo tapete da sala de reuniões. O disco estava feito, pra cobrir o mínimo de prejuízo era bota-lo na praça; e despedir Isaac por justa-causa em seguida. “Hot Buttered Soul” vendeu como água, foi muitíssimo bem recebido pela crítica e a faixa de dezoito minutos tocou até dizer chega nas rádios (segundo Hayes porque os DJs podiam deixar rolando e ir transar com as namoradas). Começava aí a lenda do “Moisés Negro”, uma das figuras mais influentes da black music nos últimos quase quarenta anos. O duo Steely Dan procurou nos arranjos refinados de IH o sotaque soul que seu pop de estúdio tanto requisitava. Os ingleses do Massive Attack usaram vários samplers de Hayes no hoje também clássico “Mezzanine”. Trechos de suas músicas foram parar em bases dos Racionais MCs, no distante Capão Redondo, e sua grossa e pesada corrente em volta do pescoço virou símbolo de ostentalção na cultura hip-hop. IH foi o primeiro artista negro a ganhar um Oscar de melhor trilha, pelo black expoitation “Shaft” (anos depois a trilha do remake, com Samuel L. Jackson, voltaria a ficar sob sua batuta). Com o fim das hitsvilles, Hayes abandonou mais os palcos para se dedicar às trilhas e produções, e ainda achou tempo para ser o Chef, do desenho South Park. Hayes e a produção se desentenderam por causa de piadas sobre a Igreja Cientologista, a qual se convertera há alguns anos. O personagem foi morto no primeiro episódio da décima temporada, enquanto a alma quente e amanteigada de Isaac Hayes pegou seu bilhete pra eternidade na noite do último sábado. Entendam mais do legado de Isaac Hayes clicando no título desse post.

domingo, agosto 10, 2008

Abafando Vulcões


Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!

quarta-feira, agosto 06, 2008

Vereda Tropical, Again

"Meu filho, aqui, o mais bobinho, fabrica relógio no escuro calçado em luva de boxe..."

terça-feira, agosto 05, 2008

Danou-se...


Sonhei com um brigadeiro.

Alguém discípulo de Jung pode desvendar esse sonho?