Terehell

domingo, dezembro 31, 2006

Ciao!

Nesse último post do ano eu queria desejar um feliz ano novo não só aos que passam por aqui e me lêem todos os dias (ou quase todo dia), mesmo os que não comentam no livro de visitas, mas comentam pessoalmente ou pra terceiros. Meus votos especiais de feliz ano novo também vão pras pessoas que não vão com a minha cara, que me acham tosco, ignorante, pedante, ridículo, não-merecedor das coisas boas da vida, adolescente tardio, irresponsável, analfabeto, pros seres especiais que pisam na(s) bola(s), que agem na surdina, pelas costas,que dão valor a fofoquinhas e se divertem sendo almas sebosas pra tapear a própria desgraça. Também aqueles que conspiraram contra (ainda em 2005), os que torcem contra sempre, os que batem em retirada com a minha presença, os que vão embora por último e nunca apagam a luz. Desejo um 2007 cheio de saúde a vocês, que vocês gozem de excelente qualidade de vida, pra que nos próximos 365 dias vocês passem muita raiva, nem que seja com a simples lembrança da minha pessoa, com meus textos ou dando de cara comigo por aí. A gente se encontra por aí...Ah, encontra! Porque amanhã, mesmo que não fosse ano-novo, vai ser (sempre) um outro dia.

Te embora, 2006, ano ruim da gota: Já vai tarde!

sábado, dezembro 30, 2006

Descontraindo

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Circo de Feras


Sexta, 29 de dezembro de 2006 - 00:40 da manhã.

Eu me desloco, com outra pessoa, pela avenida Raul Lopes, uma via de tráfego relativamente nova, bem asfaltada, preferida pelos motoristas que querem escapar de engarrafamentos e também predileta dos rachadores pelo asfalto em bom estado. Ao passar pelo balão do cruzamento da avenida Jockey Clube avisto duas blitz da já famigerada "Operação Rosa Dos Ventos", entrevero importado, com muito alarde em todos os canais de TV, da PM do estado de São Paulo (a mesma que inventou também a R.O.T.A). Somos parados pela blitz no sentido Jockey-UFPI; o de sempre: documentos do motorista, do carro, etc. Pedem que deixemos o interior do carro e que o porta-malas seja aberto. Estão à procura de armas e drogas, quem sabe eu poderia estar me deslocando com alguém sequestrado ou esquartejado no porta-malas (Vocês nunca viram "Fargo"? Alguém da PM já, pelo jeito...). Enquanto OITO policiais, quatro do lado de fora e mais quatro mexendo no interior do carro, revistam o veículo, reparo no "tratamento" dado à quatro ocupantes do carro que fora parado na minha frente. Todos de bermuda, camiseta regata, boné e com o bagageiro transformado em boombox, são obrigados a mostrar, do lado de fora do carro os documentos, e ainda passar por uma revista (aquele famoso "baculejo"). Enquanto espero o meu acabar de ser revistado, ouço um dos PMs dizer ao outro: "Eu gosto de parar é carro assim, de bodinho" ("bodinho", pra quem não é familiarizado com o termo, é como se chama por aqui playboys de classe média, que geralmente tiram a onda que os playboys grã-finos tiram, mas em carros bem menos luxuosos). Dou conta que minha sacola ficara no carro. Nela cabe, facilmente, um revolver de bom tamanho, uma Uzi quem sabe, ou mesmo um tijolo de prensado. Ela continuou sobre o banco traseiro, nem foi tocada. Me devolvem os papéis e nos liberam. Quase no balão da avenida Petronio Portela, alguém que se intitula motorista faz um cavalo-de-pau na nossa frente, ficando virado pra contramão. Reduzo e pisco a luz alta pra que o digníssimo se toque e não venha a colidir de frente conosco. Entramos na Petronio Portela, eu deveria entrar numa rua ao lado de um posto de gasolina. Tenho de entrar na rua por SOBRE o posto de gasolina, pois a avenida está enterditada por pedestres e motociclistas, que fazem festa para o mesmo carro que deu o cavalo-de-pau na nossa frente, já "rodando" novamente. Poderia ir pra casa pela zona norte, pegando a ponte da Primavera e a bela e arriscada alça que a prefeitura recém-inaugurou. Volto pela Raul Lopes, pois quero ser parado pela mesma blitz, do lado contrário ao que fui há menos de dez minutos. Bingo! Apesar de estar sozinho trafegando pela bela via de três espaçosas faixas, sou convocado a me alinhar nos cones. Novamente um enxame de PMs me cerca, abro bem a porta do veículo, e quando o responsável me aborda, o abordo primeiro. Explico que fui parado há pouco tempo na blitz da outra via, que presenciei duas manobras perigosas de infratores e que enquanto eles estão lá, parados, a festa estava comendo solta a menos de um quilometro dali. O PM, meio sem jeito, me diz que não preciso mostrar mais documentos e que vai afastar os cones para que eu saia.

Moral da estória (se é que tem): Quando da criação da guarda (que não guarda nada) da STRANS, uma briga judicial se sucedeu entre a prefeitura e o estado para saber quem aplicaria e ficaria com o dinheiro das multas. O então prefeito (e atual blogueiro) Firmino Filho levou a melhor. Desde lá essas "blitzs educativas", além de atrasarem a vida das pessoas que estão se deslocando de um lado pro outro, sem entretanto dever nada a ninguém, só servem pra multar faróis com defeito, placas velhas, IPVAs vencidos e render alguns couros-de-rato pro Estado, além de algumas entrevistas dos poderosos (como gostam de se referir aos outros) na TV (marketing pessoal, ya know...). Quem realmente está na rua com o propósito de infringir a lei, sabe que a blitz está parada e não vai incomodar, afinal eles estão na rua é pra arrecadar. Fico imaginando a seguinte situação: Estou indo a algum lugar ensaiar ou tocar, coisa que faço com uma certa frequência, carro carregado de coisas, a blitz me para, vê o carro cheio de cacarecos. Iam no mínimo me fazer tirar tudo de dentro. Pergunto: se eu estivesse carregando drogas, armas, dinheiro ou pedaços de gente, dentro de um case, eu o faria por uma avenida movimentada, a predileta dos motoristas meros mortais? É o que falta: Planejamento. Todo dia sai na TV, de manhã bem cedo, a localização de TODOS os radares, pra que o sujeito que anda com carro frio, sem documentos, descaracterizado ou mal-intencionado tenha a comodidade de não passar por eles. Meio-dia alguém da PM vai na TV e fala que naquela noite a tal "Rosa dos Ventos" vai estar a todo vapor. Os caras que assaltam restaurantes já sabem que eles mesmos podem ir a algum, pois a noite não vai render nada, vai ser day off, descanso. Não adianta só fazer a cara feia, tem de mostrar a cara feia, na hora e lugar certos.

Próximos capítulos: Tanto G.A.T.E na rua ainda vai acabar mal...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

É Vero

"Não sei para que serve essa pedra, mas deve servir para algo. Pois se ela for inútil, então tudo é inútil. Até as estrelas, quem sabe..."

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Feels Good!


Sem ele não existiria razão pra usar aquela nota oitava, que dobra o som do baixo e quebra a batida junto com a bateria. Não haveria assim o groove, aquele espasmo involuntário que entra pelo ouvido, toma de conta do cérebro e rapidamente se espalha pro quadril. Não haveria o performer no lugar do crooner, os passos robóticos, o sapatinho cheio de malícia, o sujeito lá no canto pra cobrir com um agasalho aquele rosto suado qual de um boxer (afinal estamos falando do cara "que mais deu duro no showbussiness"), pra em seguida irromper num grito vindo do fundo da alma, uma batuta de maestro invisível, seguido de voltinhas, mais passos robóticos e aberturas de perna até o solo. Jacko e Prince nem saberiam onde fica a sex machine em suas respectivas fragéis anatomias se o Godfather não tivesse lhes mostrado a fissura que as branquinhas têm pelo negão marrento que manda na casa. Outros preferiram beber do seu groove infinito: Os branquelos do Gang Of Four (que usaram as lições do mestre para ampliar os horizontes do punk imberbe), os Red Hot Chili Peppers (e a reinvenção do groove com bastante anfetamina e psicodélia), os rappers e a cultura hip-hop, que veneram o groove como um dos pilares de sua santíssima trindade (e aí entra o sampler, que o trouxe de volta, em inúmeras citações, para gerações posteriores). Poucos seres humanos foram tão influentes e mudaram tanto a face da música. O céu está mais soul, mais funky, decorado com gordos grooves pesados, para virar um enorme Apollo Theater quando o "Papa" adentrar para o grande baile.

domingo, dezembro 24, 2006

Thin Man



"'Cause something's happening here
But you don't know what it is

Do you, Mr. Jones?"

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Do Arco Da Velha



Assisti isso quando era guri num sábado à tarde, hoje perdido no tempo. Quase tudo caiu no desuso: A Globo não tem mais programa de clipes apresentado por bonecos (os mesmos que alguns anos depois seriam a "TV Colosso"), o VHS está quase exterminado da face da Terra (daí a qualidade das imagens), A Plebe foi e voltou, com outra formação, não existe mais censura (esse piiii que você vai ouvir não é defeito, é como as músicas que eram censuradas conseguiam ser executadas sem que os respectivos LPs não fossem recolhidos das lojas e os artistas não fossem em cana), mas a letra, feita quando Brasília foi sitiada (por esse mesmo general que hoje negocia a crise dos controladores de voô) para a votação da emenda das Diretas Já. Entre mortos e feridos...

terça-feira, dezembro 19, 2006

300 Picaretas


Essa sim foi a verdadeira facada pelas costas: 91%, menos de dois meses depois da eleição. Que lindo nariz de palhaço pusseram em você, hein, eleitor amigo?

Fala sério: por essa você não esperava. Você que já dá o suor de três meses de batente pra pagar impostos e sustentar essa moçada aí, os que trabalham arduamente de terça à quinta. E vale lembrar que ainda rolou um GETON básico pra acontecer a votação desse aumento...

Bom não era no tempo do Sarney (e esse tempo passou?), mas sim quando a vida era mais dura só depois do Carnaval...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Bang! Bang!


Foto da minha cabeça tirada hoje pela manhã bem cedo.

domingo, dezembro 17, 2006

Fortune Cookie Big Hits Vol.16

"vanguarda é tudo que acontece pela primeira vez de vez em quando"

sábado, dezembro 16, 2006

Goodnight, Ladies & Gentlemen...



Goodnight ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye
(Let me tell you now)
Goodnight ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye

Now all night long you've been drinking your tequilla
But now you've sucked your lemon peel dry
So why not get high?
Goodnight ladies, ladies goodnight

Goodnight ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye
Goodnight sweet ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye
bye bye...

Oh we've been together for the longest time
But now it's time to get high (high, high...)
Come on let's get high
And goodnight ladies, ladies goodnight

Oh, I'm still missing my other half
Ah, it must be something I did in the past
Don't it just make you want to laugh?
It's a lonely Saturday night

Oh, nobody calls me on the telephone
I put another record on my stereo
But I'm still singin' a song of you
It's a lonely Saturday night

Now if I was an actor or a dancer, who is glamorous
Then you know an amorous life would soon be mine
But now the tinsil lighted starbreak
is all that's left to play my heartbreak
At eleven o'clock I watch the network news

Oh, wow, wow
Something tells me that you're nearly gone
You said we could be friends but that's not what I want
Ah, anyway my TV dinner's almost done
It's a lonely Saturday night
(I mean to tell) you it's a lonely Saturday night
(One more round...)

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Sanfona Calada


Maria Fulô, a noiva do cowboy e toda feira de mangaio estão mais tristes hoje.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Puxando A Cordinha


O lado negro da força agindo com vontade essa semana.

É provação, só pode, já no finzinho do ano?

Vou cortar fora a mão desse tinhoso...

terça-feira, dezembro 12, 2006

C.R.K.C do B

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Os Fodões da Estrada

Caras que cresceram na Califórnia nos anos 70, em meio a pranchas de surf viajando em Pontiacs e Caddilacs rabo-de-peixe até a praia, Z-Boys, Vans (os furgões e os tênis quadriculados), e, lógico, ouvindo toneladas de riffs de Black Sabbath e Devo:

domingo, dezembro 10, 2006

Enquanto Isso No Universo Paralelo...


"Dois pilotos brasileiros foram indiciados por um acidente aéreo ocorrido nos EUA no dia 31 de fevereiro passado, onde 115 pessoas, entre passageiros e tripulantes, morreram após a colisão em pleno voô de uma aeronave da TWA, que ia de Nova York para Los Angeles, com um Legacy, jato de pequeno porte, pilotado pelos dois brasileiros.

Segundo fontes do FBI, que cuidou da investigação e da prisão dos dois pilotos, eles devem ser indiciados no inquerito como terroristas, segundo a nova lei de segurança nacional vigente nos EUA após os atentados de 11 de setembro. A pena para os dois pode atingir a soma dos mortos ou, pelas leis do estado de Virginia, onde se deu o acidente, a cadeira elétrica. O Itamaraty já disponibilizou, através da embaixada brasileira em Washington, um advogado para acompanhar o caso. "Mesmo estando a par de todo situação, só poderei falar com os presos na próxima quarta, quando desembarco em Cuba rumo a base militar de Guantanamo, para onde eles foram recolhidos. O quadro pode se reverter, mas o governo anda inflexível desde os atentados", afimou o advogado. Ainda em nota, o FBI classificou como "remota" a chance dos dois pilotos provarem sua inocência alegando crime doloso (sem intenção).

Os dois pilotos têm, respectivamente, dez e doze anos de experiência em aviação comercial no país, e há três pilotam jatos Legacy, o preferido de estrelas de Hollywod como George Clooney e o dono da revista Hustler, Larry Flint.
"


(Essa notícia, claro, aconteceu toda às avessas. Moral da estória: Brasileiro continua tão bonzinho...)

sábado, dezembro 09, 2006

Made in Irará




"Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Disperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Tô te explicando
Prá te confundir
Tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminando
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar

Devagarinho prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar"

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Na Agulha

Ou na lente, vai do gosto...:

Thin Lizzy - "The Boys Are Back In Town"
Joelho De Porco - "Mandrake"
Death - "Evil Dead"
Cat Stevens (a.k.a Yusuf Islam) - "Father And Son"
Central Do Brasil (trilha) - "Central Do Brasil"

terça-feira, dezembro 05, 2006

A Lo Cubano

"Na verdade, aqueles entardeceres com rum e luz dourada e poemas duros ou melancólicos e cartas aos amigos distantes me faziam ganhar confiança em mim mesmo. Se você tem idéias próprias, mesmo que sejam só umas poucas idéias próprias, tem de compreender que estará sempre encontrando caras feias, gente que vai fazer questão de lhe dar o contra, de diminuí-lo, de "fazer você entender" que não tem nada a dizer, ou que você deve evitar aquele sujeito porque ele é louco, ou afeminado, ou um verme, um vagabundo, outro porque é punheteiro ou vouyer, outro porque é ladrão, outro macumbeiro, espírita, maconheiro, outra porque é canalha, indecente, puta, sapatona, mal-educada. Eles reduzem o mundo a umas poucas pessoas híbridas, monótonas, aborrecidas e 'perfeitas'. E assim querem transformar você num excluído e num merda. Jogam você de cabeça na seita particular deles para ignorar e suprir os outros. E lhe dizem: 'A vida é assim, meu senhor, um processo de seleção e descarte. Nós somos donos da verdade. O resto que se foda'. E como passam anos martelando isso no seu cérebro, quando você está isolado se acha o máximo e se empobrece muito porque perde uma coisa bonita da vida, que é desfrutar a diversidade, aceitar que nem todos somos iguais e que se assim fosse seria muito chato."

Trilogia Suja de Havana

sábado, dezembro 02, 2006

Paulo Francis Vai Pro Céu

"Uma das maiores provas da resitência biológica do ser humano é que ele consiga resistir a essa montanha de lixo chamada cultura pop"

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Oinc!


Convém nunca esquecer duas coisas:

1) Todos os bichos são iguais; mas alguns bichos são mais iguais que os outros


2) Napoleão sempre tem razão