segunda-feira, março 31, 2008
segunda-feira, março 24, 2008
quinta-feira, março 20, 2008
Ora Pro Nobis
Tive de marcar dois shows em plena Semana Santa. Fiquei, mais pelos outros que por mim, encarando meus pudores (dogmas?)judáico-cristãos...Eu venho de uma família cristã praticante. Estudei onze longos anos em uma escola com orientação católica rígida. Era obrigado a ficar longas horas em uma capela, decorando cânticos, sempre à mercê de uma lâmpada acesa que indicava a presença de Deus no recinto. Dentro dessa super-exposição começaram meus questinamentos: se a luz fosse embora, Deus iria embora junto? Pessoas de outras religiões iam impreterivelmente pro inferno por não acreditarem na "nossa" religião? Por que impor jejum se a maioria da população come carne raras vezes? O fato é que mesmo me questionando (silenciosamente, claro) cheguei a fazer Primeira Comunhão, onde todos se preocupavam mais com a festa e as viagens escolares pra retiros que propriamente com o sacramento em si. No auge do meu distanciamento, quando fui pra um colégio mais "liberal", outro fato me fez correr mais ainda dos fantasmas de sacristia: minha mãe passou a frequentar a então novissíma Renovação Carismática, uma tática da igreja católica para conter a migração, principalmente dos fiéis mais jovens, em direção às igrejas eletrônicas. Tanto violão, cantoria e piração (algumas pessoas diziam receber um dom, um "carisma", e assim, por exemplo, falar em línguas mortas descontroladamente, puro frenesi, isso sem tomar uma gota sequer de algo parecido com Santo Daime). Achei aquilo um circo, e lá fui eu pra mais longe. De lá pra cá, registrei meu repúdio à atitudes que considero insanas pela santa igreja não me crismando. E aceitando shows em pleno feriadão religioso. Pelo jeito, enquanto o Vaticano e o Papa nazi Bento XVI continuarem proibindo coisas como o uso de preservativos (Bento parecer querer mesmo que todos os negros da África morram, esperar o que de quem já foi X-9 da Juventude da SS de Hitler?), eu vou continuar com meu lado espiritual atrofiado. Amén.
P.S: Quem quiser "pecar" junto comigo, só ir ao Raízes na sexta e no domingo. Esse ano minha Páscoa vai ser mais laboriosa que de centurião em encenação de Paixão de Cristo...
quarta-feira, março 12, 2008
Veranico
Só imensas árvores de troncos retorcidos e casca grossa efeitavam aquela estrada pavimentada com areia grossa, e que fazia o ônibus deslizar de lado a todo tempo. Já passara um bom pedaço de tempo desde a última cidade, apesar de serem apenas 25 quilômetros. Sob as copas fechadas dos cajueiros, pequizeiros, pau-d'arcos e uma ou outra carnaúba, imensos ninhos de cupim, que à distância pareciam casamatas feitas por alguém com o intúito de vigiar ou atocaiar quem passasse por ali. Ainda na última cidade uma chuva-de-cajú, típica de veranico, ajudou mais ainda a abafar o tempo, mesmo deixando aquele cheiro de terra molhada. Pra onde vamos não há tanto a se ver. Uma avenidinha, uma igreja, e o armazém de secos e molhados onde o ônibus para na porta, na falta de uma rodoviária. Placas mostram que ainda existem outras cidades, a 30, 50, 78 quilômetros depois; embora à primeira vista se pense que o mundo acaba ali. O cheiro da chuva se mistura ao do diesel e da borracha emitidos pelo ônibus, outros cheiros vêm na sequência, como o da lenha queimada de alguém que ainda usa um forno rústico em alguma daquelas casinhas baixinhas ali ao redor, literalmente sem eira nem beira. A rodoviária improvisada vende biscoito, mas também cachaça, que parece escorrer pelas largas teias de aranha do teto alto e depois ser absorvida pela madeira gasta do balcão, ajudando a impregnar o ar constantemente. Os terreiros são adornados com goiabeiras, que disputam lugares com galinhas e o odor do sabão bruto de lavar roupa. Ao entardecer, o vermelho do céu se confunde com o do chão batido, e uma cigarra vem pedir mais e mais daquela chuva que só serve pra derrubar as flores novas dos cajús.
terça-feira, março 11, 2008
HD Movies
Aberta a temporada de baixar filmes pelo torrent. Agora mesmo que não piso num cinema de shopping (blearrrg) nunca mais:
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sexta-feira, março 07, 2008
Scotch Mist
Taí, quem viu vê de novo; quem não viu (como eu) vê inteiro, 52:31, sem cortes:
Valeu, Gual!
quinta-feira, março 06, 2008
quarta-feira, março 05, 2008
Bem Simples
Eu ia tecer algumas linhas sobre o assunto, mas encontrei essa charge no Jornal do Brasil que já diz tudo (e desenhado ainda mais):
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sábado, março 01, 2008
Uma Rapidinha (Enquanto Ele Está Fora)
Ok...ok...Beatlemaniacos me ameaçaram ontem via e-mail, scrap, cartas-bomba; John Lennon não fez mais que um inofensivo "lá-lá-lá-lá" em "Hey Jude". O Jude era filho dele, mas a música era de Sir Macca. Todavia tomemos o caminho da conciliação: pra todos os efeitos ela fica sendo do Kiko Zambianchi (hehe). Esse leriado todo só me lembrou que eu prefiro The Who: